Tribunal recusa Paulo Fonseca como candidato do PS à Câmara de Ourém
O candidato, se tivesse vergonha, não tinha que passar por esta vergonha. Paulo Fonseca sabia melhor que ninguém qual era a sua situação e o que ela implicava nos termos da lei. Atirou o barro à parede para ver se colava, o que não abona nada a seu favor e a favor da ideia que ele tem da democracia e da justiça.
A Federação de Santarém do PS e o seu presidente, António Gameiro, que para além de advogado é deputado à Assembleia da República, saem muito mal desta história, assim como a coordenadora nacional socialista das autárquicas. Apontar o dedo aos outros quando os outros estão em falta é fácil. O difícil é colocar a lei e a democracia acima da vontade de manter o poder num município.
A abstenção nas últimas autárquicas no distrito de Santarém foi superior a 47 por cento e alguns políticos criticaram os eleitores que não foram votar. Quatro anos passados os eleitores começam a perceber que a gente que faz dos partidos os seus feudos e que nos tenta impingir certos candidatos não aprendeu nem vai aprender nada.
Mário Guilherme F. Pavão