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Autarcas fazem milagres apesar da falta de estratégias nacionais

Envelhecimento e abandono do interior só não são mais graves porque ainda há políticos empreendedores

O MIRANTE acompanha de perto o que se passa num vasto conjunto de municípios e por isso sabe que só o trabalho de muitos autarcas corajosos, empreendedores e empenhados tem impedido que o envelhecimento e o abandono do interior não sejam muito mais graves do que já são.
Fazer o que tem sido feito para que as suas populações tenham uma vida de qualidade e para que quem visita os seus concelhos se encante ao ponto de voltar e, em certos casos, equacionar fixar-se é algo que vale a pena relembrar numa altura em que a região foi mais uma vez notícia nos grandes meios de comunicação social de Lisboa apenas devido à tragédia dos incêndios, como antes em relação a outras tragédias.
Não há estratégias nacionais e o poder central não dá aos cidadãos do interior o que vai conseguindo dar aos cidadãos de Lisboa, seja ao nível dos transportes, da saúde, do ensino e da segurança. Perante o centralismo do país e com orçamentos tantas vezes exíguos, os autarcas não baixam os braços e, para além de fazerem o que lhes compete, não cedem perante a inércia ou a lentidão dos decisores nacionais.
Comprar terrenos que deviam ser comprados pelo poder central para construir esquadras de polícia ou quartéis da GNR, centros de saúde, escolas, tribunais, é um dos melhores exemplos. O dinheiro em vez de sair do orçamento dos ministérios sai dos orçamentos municipais. Mas há muito mais. Há municípios da região a oferecer incentivos a nível de alojamento e complemento salarial a médicos para tentar que os cidadãos tenham assistência médica. Há municípios a dar apoios à natalidade dentro daquilo que lhes é possível. Há municípios a fazerem manutenção de edifícios onde funcionam serviços do Estado.
As populações dos municípios da região falam diariamente com os seus autarcas. Encontram-nos nos cafés, nas colectividades, na rua. Sabem onde eles moram e sabem que se lhes baterem à porta eles estão disponíveis para os ouvir. Sabem que podem ser recebidos na câmara municipal. Que podem intervir nas reuniões dos órgãos autárquicos sem haver quem os mande retirar da sala. Não há unanimidades e não há satisfação total mas os primeiros insatisfeitos são muitas vezes os próprios autarcas.
Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que mais de um quarto da população e mais de um terço do emprego e do Produto Interno Bruto (PIB) se concentram em apenas 3% do território nacional, nomeadamente na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Face a esta centralidade, verificar que fora de Lisboa há municípios que conseguem proporcionar qualidade de vida aos seus cidadãos e criar pólos de interesse para quem ali não reside, é de destacar. É isso que O MIRANTE tem feito e que volta a fazer neste suplemento. E é isso que voltará a fazer muitas mais vezes.

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