Alunos de excelência contam os segredos do sucesso escolar
Município de Santarém voltou a distinguir estudantes dos vários ciclos do ensino obrigatório que se destacaram pelos resultados obtidos.
Não há pai nem mãe que não sonhe ter filhos que sejam bons alunos. Mas será que basta ir às aulas? Será que é necessário dedicar muito tempo ao estudo? O MIRANTE foi descobrir entre os jovens dos vários estabelecimentos de ensino do concelho de Santarém que receberam, do município, os diplomas do Quadro de Valor e Excelência referentes ao ano lectivo 2016/2017 quais os segredos do seu sucesso escolar.
Tomás Arroteia, de 11 anos, vai começar a frequentar o 7.º ano no Colégio Infante Santo (Tremês) e já não é a primeira vez que é distinguido. “O ano passado, quando estava no 5.º ano, também recebi este prémio”, refere orgulhosamente enquanto exibia o seu mais recente diploma. “Este ano tive tudo cincos menos a Português e a Educação Visual, que tive quatro”, revela o jovem escalabitano, confessando que não passa o tempo a estudar e que tudo se consegue conciliar. “Eu até ando nos escuteiros”, adianta.
Nos tempos livres, Tomás gosta de ler, de pesquisar na internet, de brincar com os amigos e andar de bicicleta, mas quando chega a hora de estudar aplica-se a fundo. “Gosto muito de estudar, por isso dedico-me bastante e quando estou nas aulas costumo estar muito atento. É assim que tenho boas notas”, ri-se.
Foi à espera de tirar uma fotografia para recordação com os seus familiares e amigos que encontrámos Laura Batista. Pertencente ao Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques (Pernes) e quase a iniciar o 10.º ano, a jovem de 14 anos, que também é escuteira, conta que já tinha recebido o prémio no 6.º ano. “Não foi uma novidade”, afirma, referindo que teve cinco a quase tudo menos uma disciplina. “O professor não quis dar, eu também não quis pedir nova avaliação”, explica a mãe da aluna distinguida ao mesmo tempo que olhava orgulhosa para a filha.
“Eu só costumo estudar uns dias antes do teste”, afirma Laura, dizendo que raramente falta e está atenta nas aulas, o que lhe chega para ter boas notas. “Ela capta muito facilmente tudo o que dão nas aulas, é o que lhe vale”, admite a mãe.
Mais à frente, à espera de tirar uma fotografia, estava também Joana Isidoro. Acompanhada dos pais, a jovem de 17 anos prestes a começar o 12.º ano do Curso de Técnico de Comércio da Escola Técnica e Profissional do Ribatejo, diz que a primeira vez que recebeu os dois diplomas do Quadro de Valor e Excelência foi o ano passado, quando estava a iniciar o 11.º ano. “A média do ano passado foi de 16 valores”, conta orgulhosa a O MIRANTE. E admite: “O segredo de ter boas notas é estudar muito. Mas também não deixo de fazer aquilo que mais gosto como estar com os amigos, estar no computador e ouvir música. Há que saber conciliar tudo”.
Pedro Cardoso, de 15 anos, pertence ao Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado (Santarém) e quase a começar o 10.º ano já anda nestas andanças desde o 5.º ano. “Tenho tido sempre boas notas mas a dificuldade vai sempre aumentando e é cada vez mais difícil manter-me no mesmo nível. Esforço-me para me manter assim porque é um orgulho para a minha família e para mim próprio”, confessa o aluno escalabitano.
Mas nem só de estudos vive o Pedro. Para além de ter praticado hóquei durante oito anos, costuma sair com os amigos, ir ao cinema e jogar futebol. “É um modo de descontrair um bocado para não estar sempre focado no estudo”, admite. Quanto ao segredo do seu sucesso escolar, Pedro confessa: é estar atento nas aulas e, sobretudo, estudar. “Faço resumos e tento reter a matéria toda para que nos testes não tenha nenhuma dificuldade ou mesmo uma branca”, afirma.
Alunos do CENFIM e do Jardim-Escola João de Deus também homenageados
Este ano a cerimónia de entrega dos diplomas do Quadro de Valor e Excelência, que decorreu no dia 6 de Setembro no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), distinguiu os melhores alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e do ensino secundário e profissional do ano lectivo 2016/2017. Abrangeu alunos do CENFIM e do Jardim-Escola João de Deus, para além dos alunos dos Agrupamentos de Escola Sá da Bandeira, Dr. Ginestal Machado, Alexandre Herculano e D. Afonso Henriques, Colégio Infante Santo, Escola Profissional Vale do Tejo e Escola Técnica e Profissional do Ribatejo. Foram ainda atribuídas 50 bolsas de estudo que incluem dois anos lectivos a 25 alunos do concelho.