“Tiram-me do sério as pessoas que não sabem ouvir e acham que sabem tudo”
Elsa Rodrigues, 48 anos, gerente da Prink – Consumíveis para impressoras, Alverca
Foi em pleno pico da crise económica, há quatro anos, que Elsa Rodrigues se lançou num negócio próprio que se revelou um sucesso. Arriscou criá-lo depois de passar por uma situação de desemprego e não se arrepende. Diz que a honestidade e a visibilidade dada pela publicidade em O MIRANTE lhe ajudaram a dar o salto. É uma mulher determinada, frontal e que nos tempos livres gosta de jogar Playstation com o filho. A família é a sua maior paixão.
Não desanimo perante as barreiras que a vida me coloca. Abri a Prink em Alverca há quatro anos quando a crise estava no auge e eu e o meu marido estávamos no desemprego. Construímos uma vida em conjunto e de repente tiraram-nos o tapete debaixo dos pés mas não baixamos os braços. Na altura pensei avançar com um negócio e percebi que esta área dos consumíveis para impressoras era algo que faltava em Alverca.
Não podemos ficar parados à espera da sorte. Temos de trabalhar muito e procurá-la. Abrir a Prink valeu a pena e tenho tido sucesso mas não fiquei à espera que os clientes me descobrissem. Um dos factores que contribuiu para a visibilidade da loja foi O MIRANTE. Há muita gente que vê a publicidade no jornal e chega até nós com essa referência.
Namorei oito anos com o meu marido e estamos casados há vinte e três. Posso dizer que acertei à primeira. Passei a minha infância em S. João da Talha e estudei nos Olivais onde o conheci. Há vinte e três anos que vivo no concelho de Vila Franca de Xira. Comecei por viver em Alhandra mas depois mudei-me para a Póvoa de Santa Iria.
O meu marido ajudou-me muito no início do negócio. Comercializamos tinteiros e toners regenerados e originais, damos assistência a impressoras a laser e jacto de tinta, vendemos impressoras e vários tipos de papel. Vamos agora iniciar uma campanha alusiva ao regresso às aulas, em que na compra de tinteiros da marca Prink daremos vales de desconto de cinco euros para compras seguintes em todas as nossas lojas.
Tira-me do sério as pessoas que não sabem ouvir e que pensam que sabem tudo. Um empresário tem de ter capacidade para não misturar assuntos pessoais com as contas da empresa. Isso é fundamental. Não pode haver misturas senão acontece o que muitas vezes se vê, que é o fecho das empresas.
Nos tempos livres gosto de jogar computador. Tenho muita paciência para aquilo. Até com o meu filho gosto de passar uma tarde a jogar Playstation. Gosto de jogos de tiros, sabem-me pela vida, aliviam muito o stress (risos).
Os negócios não têm sexo. Nunca senti que por ser mulher tivesse tido mais dificuldades a montar o negócio. Mas saber ouvir o cliente é importante. Muitas vezes em meu prejuízo aconselho o cliente a comprar mais barato e a dar-me menos lucro. Ganho menos mas sei que a pessoa fica satisfeita. Não vale tudo e nem tudo na vida é ganhar. Profissionalismo acima de tudo.