Não vale a pena gastar muito na requalificação do Cine-Teatro do Entroncamento
Rectificado o erro de cálculo do presidente da Câmara do Entroncamento que, provavelmente mal aconselhado por técnicos municipais, defendia há quatro anos que o cine-teatro S. João podia funcionar com pequenas obras, foi decidido, e quanto a mim muito bem, requalificar a sala de espectáculos. Digo muito bem porque o edifício, comprado pela câmara no tempo do presidente José Pereira da Cunha (PS), está a degradar-se por estar fechado, tem telhado de lusalite com amianto e a sua transformação numa ruína no centro da cidade não era admissível.
No entanto, se continuar a ser seguida a política de contratação de espectáculos que vigorou no primeiro mandato do actual presidente e da actual maioria PS (e tudo indica que sim, dado o gabarito cultural daqueles cidadãos) , defendo que não se gaste demasiado na recuperação do cine-teatro.
Já vi o esboço do projecto e o que lá está, embora não seja algo ambicioso, até é demais para os artistas que têm vindo actuar na cidade e para a regularidade da programação. Ou a câmara contrata um programador como deve ser (e não falo em dar emprego a mais um qualquer curioso só porque é do partido e é amigo do vereador da cultura ou do presidente) ou então o que vão gastar já é demais.
Maria Emília Silva