Críticas duraram até ao fim do mandato na Câmara de Alpiarça
Vereador da oposição Francisco Cunha diz que se trataram de quatro anos para esquecer. Presidente Mário Pereira congratulou-se por Cunha sair do executivo.
Nem na última reunião do executivo municipal de Alpiarça o vereador Francisco Cunha, do movimento Todos Por Alpiarça (PSD/MPT), deixou de criticar o presidente da autarquia, o comunista Mário Pereira, recentemente reeleito para um terceiro mandato. Em jeito de balanço, Francisco Cunha recordou as várias propostas apresentadas pelo seu movimento que foram aprovadas por unanimidade em reunião de câmara mas que não chegaram a ser implementadas.
“A proposta de oferta de bicicletas à GNR foi aprovada por todo o executivo municipal mas nunca foi colocada em prática. Durante os últimos quatro anos encerraram fábricas e foram extintos vários postos de trabalho. Há várias estradas esburacadas que nunca foram arranjadas, como a estrada da Lagoalva. Este foi um mandato para esquecer uma vez que o presidente não conseguiu fazer as coisas a que se propôs. O senhor presidente ainda vai ser o coveiro do concelho de Alpiarça”, criticou o vereador que termina agora o seu mandato.
Cunha afirmou ainda que a oposição nunca foi respeitada durante o actual mandato referindo que apresentou vários requerimentos que nunca tiveram resposta por parte da maioria comunista que gere a câmara municipal. “O senhor presidente disse, há cerca de três anos, que ia fazer um estudo sério sobre os legados de Alpiarça e o que lhes aconteceu mas até hoje não vi onde está esse estudo”, reforçou.
O presidente da autarquia, Mário Pereira, optou por não se alongar na resposta mas ainda afirmou que a passagem do vereador Francisco Cunha pelo executivo da Câmara de Alpiarça foi nefasta para o concelho. “As reuniões do executivo municipal de Alpiarça vão ganhar muito sem a presença do vereador Francisco Cunha”, disse.
Alheio a toda a discussão, o vereador Pedro Gaspar (PS), que também se despediu do executivo municipal, fez um balanço dos últimos quatro anos e desejou que o próximo mandato seja de “paz, harmonia e progresso”.