Ver um cartão branco não é para todos
O treinador de futsal Frederico Condeço foi o primeiro na região a ser distinguido com esse novo cartão, que visa distinguir comportamentos desportivos de excelência.
Quando se fala na amostragem de cartões brancos por parte dos árbitros de futebol e de futsal a grande maioria dos leitores é capaz de ficar confuso. Mas eles existem, embora sejam bem mais raros do que os triviais cartões amarelos e vermelhos e tenham como objectivo distinguir condutas desportivas de excelência e não sancionar severamente infracções. O treinador de futsal Frederico Condeço foi o primeiro treinador da região a quem foi exibido este novo cartão instituído pela Federação Portuguesa de Futebol e que a Associação de Futebol de Santarém adoptou.
A Federação Portuguesa de Futebol decidiu estrear o cartão branco em Junho, sendo aplicado a jogadores, técnicos e também adeptos. Frederico Condeço explica porque foi bafejado com a distinção pelo árbitro. Tudo aconteceu num jogo de futsal disputado em Junho deste ano entre as equipas de benjamins do Clube Associativo e Desportivo (CAD) de Coruche e o São Vicentense (de São Vicente do Paúl, Santarém). Frederico Condeço era o treinador da equipa de Coruche. O adversário só tinha quatro jogadores disponíveis para o jogo (o futsal joga-se com equipas de cinco elementos) e o técnico não quis tirar vantagem disso.
“Começaram a jogar com o guarda-redes e três jogadores de campo. Pedi um desconto de tempo e perguntei ao árbitro se podia tirar um jogador para ficarmos em pé de igualdade. O árbitro ficou a olhar para mim e disse que sim. Falei com os meus miúdos e todos concordaram. A partir daquele momento jogámos com três jogadores de campo e o guarda-redes. Foi por isso que vi o cartão branco”, explicou.
A equipa do CAD de Coruche sagrou-se campeã distrital de futsal nesse jogo, a duas jornadas do fim, após ter vencido 12-0 o São Vicentense.