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Sardónico Serafim das Neves

A minha maior preocupação no momento actual é a de saber se o Kiko, o cão mais mediático de Portugal, já apareceu. Como te deves lembrar o Kiko iludiu a vigilância da GNR que fazia guarda à quinta da dona, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e raspou-se para parte incerta. Isto foi em 30 de Setembro e desde então para cá o cão da ministra só tem sido visto em fotografia, tanto em jornais como nas redes sociais.
O marido da ministra, que também é ministro mas da Administração Interna e vive na mesma quinta no Casal da Charneca, em Almoster, Santarém, embora pelo que li, tenha alterado a residência oficial para Lisboa, também tem um cão e como o animal não parava de ladrar quando lhe cheirava a GNR, mandou os guardas embora. Primeiro para o exterior da quinta e depois para casa.
Penso que o deputado do PAN (Pessoas, Animais e Natureza), deverá ter ficado sensibilizado com esta preocupação de Eduardo Cabrita com o bem estar do seu animal. Só quem ainda não ouviu um cão rouco de tanto ladrar é que pensará que eu estou a gozar com a situação.
Mas não são só os problemas dos cães ministeriais que me preocupam como imaginas. Há também o caso das oito espécies de aves raras do Paul da Gouxa, em Alpiarça, que estão em risco de ficarem surdas devido à realização no local de festivais de música electrónica como o de 4 de Novembro.
Tal como os cães roucos também as aves raras surdas são de evitar a todo o custo e só espero que o barulho que a oposição está a fazer por causa deste atentado à saúde da passarada, não dê cabo dos nervos ao presidente da câmara, Mário Pereira, logo agora que ele se tinha livrado da gritaria do ex-vereador Chico Cunha. Que São Vladimir o proteja!
Depois de dez anos a viverem em comunhão de mesa, habitação e fundos comunitários com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do Alentejo, o Médio Tejo e a Lezíria do Tejo, querem voltar a juntar os trapinhos, reatando a relação que tinham e que era conhecida por Ribatejo.
Há uma década o que provocou a separação e a vida em concubinato com Centro e Alentejo foram questões de dinheiro. Agora que passou o Quadro Comunitário 2007-2013, e está a passar o famoso vinte-vinte, os pombinhos já namoram à descarada e pedem a todos os santinhos do ordenamento do território para que lhes abençoem o Ribatejo. Não há amor como o primeiro, dirão alguns...ou não há amor como o dinheiro, dirão outros.
É nestas alturas que vale a pena lembrar que nem eu nem tu nos deixámos influenciar por modas. Por estes lados nunca houve mariquices como Médio Tejo e Lezíria do Tejo. A nossa casa foi sempre Ribatejo com cavalos, toiros, campinos e pampilhos. Foi ou não foi, Serafim?!!
A propósito...para onde está marcado o nosso almoço do Primeiro de Dezembro? Com esta barafunda que para aí vai por causa do jantar no Panteão Nacional não quero que o primeiro-ministro nos Tweet por termos estado a aviar os costeletões de novilho e os tintos do Cartaxo num restaurante em cujo subsolo existam esqueletos, sejam eles de árabes ou de cristãos. Vê se passas aquilo a raios xis antes de te comprometeres com o estalajadeiro.
Ouvi dizer que o programador do Teatro Sá da Bandeira em Santarém, o jovem Pedro Barreiro, filho do vereador Rui Barreiro, vai propor a apresentação de uma peça de teatro famosa, chamada, “Um jantar de Barreiros” para celebrar o regresso da candidatura da cidade a Património da Humanidade. Sabes alguma coisa? Já haverá bilhetes à venda?
Saudações circenses
Manuel Serra d’Aire

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