GNR deixa de proteger casa do ministro da Administração Interna no concelho de Santarém
Depois de O MIRANTE noticiar que guardas foram postos na rua para não incomodarem o cão
A GNR deixou de fazer segurança à casa do ministro da Administração Interna no concelho de Santarém depois de O MIRANTE ter noticiado que os militares tinham sido postos na rua, à porta da quinta de Eduardo Cabrita, sem as mínimas condições, para não incomodarem o cão. Os guardas tinham de ir à casa-de-banho da colectividade mais próxima, comiam sandes dentro do carro e tinham a sua segurança em risco, porque durante grande parte do dia e da noite apenas havia um elemento no local, numa zona praticamente isolada, devido à falta de meios nos postos do destacamento de Santarém.
Segundo O MIRANTE confirmou, Eduardo Cabrita, que há cerca de um mês substituiu a anterior ministra Constança Urbano de Sousa, comunicou que vai mudar a sua residência oficial para Lisboa. No sábado, dois dias depois da notícia que dava conta dos problemas que a GNR estava a ter para assegurar a protecção da residência, a Guarda deixou de fazer a protecção à quinta do ministro, onde vivia em permanência com a esposa, Ana Paula Vitorino, que é ministra do Mar.
O facto de os guardas não poderem estar dentro da propriedade, onde dispunham de casa de banho e abrigo, porque o cão ladrava e incomodava os ministros, é apenas um facto curioso de uma situação que estava a complicar a operacionalidade da Guarda. A GNR tinha começado a assegurar o serviço no dia 27 de Outubro, cerca de uma semana após a tomada de posse de Eduardo Cabrita. Desde essa altura e até este fim-de-semana, houve postos desfalcados de elementos e militares que fizeram trabalho voluntário não remunerado para não complicarem a operacionalidade.
Por causa da necessidade de transportar os elementos para a porta da casa do ministro, para renderem os colegas no fim do turno de seis horas, o posto de Almeirim chegou a ficar sem piquete de serviço às ocorrências e emergências durante cerca de uma hora. A segurança à residência estava a obrigar a mobilizar guardas de vários postos como Santarém, Cartaxo, Almeirim, Alpiarça e Rio Maior.