Obras nas barreiras de Santarém decorrem com muitos cuidados
Primeira intervenção minuciosa está quase concluída e a EN 114 pode reabrir no final do ano
As obras de estabilização das barreiras de Santarém estão a decorrer a bom ritmo mas com todos os cuidados, para que não ocorram deslizamentos de terras. Todas as semanas são feitas medições topográficas para verificar se a trepidação provocada pelas máquinas não está a provocar danos nos terrenos. Se tudo correr bem, no final do ano é possível, segundo o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, reabrir o troço da Estrada Nacional 114, de acesso à cidade. A decisão de abertura cabe à Infraestruturas de Portugal, depois de uma avaliação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil no sentido de garantir que a intervenção assegura as condições de segurança.
O autarca acredita que toda a intervenção nas barreiras, além desta que é a mais importante, no local onde ocorreu um deslizamento há três anos, estará concluída em Maio de 2019. Neste momento as preocupações estão centradas na “Albergaria S. Martinho”, um edifício histórico, no planalto, que pode ser afectado pelas vibrações provocadas pelas obras. O imóvel pode correr riscos de derrocada e por isso toda a intervenção está a ser feita de forma minuciosa, com todos os cuidados e está a ser acompanhada pela Direcção Geral do Património Cultural, que já enviou técnicos ao local para avaliarem a situação.
Depois da intervenção nesta zona os trabalhos vão prosseguir com uma frente de obra na zona da Ribeira de Santarém. A empreitada inclui ainda a demolição de edifícios na Rua de Santa Margarida. Ricardo Gonçalves sublinha que todos os trabalhos são morosos porque implicam intervenções complexas e minuciosas. Nestes primeiros trabalhos que estão em curso já foram colocadas estacas a onze metros de profundidade e vai depois ser erguido um muro de betão para sustentar os terrenos. Antes disso houve um trabalho quase invisível de estudos geológicos e medições topográficas.