Quer acabar com rebanho por estar farto de ver as suas ovelhas dizimadas por cães
Ataques sucedem-se na zona de Abrantes e Jorge Dias contabiliza já cerca de 150 animais mortos nos últimos cinco anos.
Depois de ter visto cerca de 150 das suas ovelhas mortas por cães na zona de Abrantes nos últimos cinco anos, Jorge Dias pondera acabar com a exploração pecuária por não ver da parte das autoridades capacidade para resolver o problema. Entre domingo e terça-feira os cães mataram-lhe nove ovelhas e duas semanas antes, no dia 31 de Outubro, tinham sido mortas nove cabeças de gado e mais quatro tinham ficado feridas.Mais uma vez, Jorge Dias participou as ocorrências à PSP de Abrantes e ao veterinário municipal. O empresário diz que as autoridades alegam não ter meios para pôr cobro à situação e que, por isso, encara a possibilidade de acabar com o rebanho que habitualmente pasta nas encostas da cidade, ajudando a manter essas zonas limpas.
De todos os ataques que o seu rebanho sofreu, Jorge Dias diz que só foi ressarcido pela morte de 12 ovelhas, pois nessa altura conseguiram apanhar os cães e apurar quem era o seu proprietário. De resto, tem arcado com os prejuízos dessas perdas.
O veterinário municipal de Abrantes, Pedro Godinho, revela que já foram capturados alguns cães nos últimos anos mas como não tinham chip torna-se difícil apurar quem são os seus proprietários, caso os tenham. O médico confirma que se têm registado ataques a rebanhos com alguma regularidade na zona de Abrantes e admite alguma impotência para pôr cobro à situação. “É um problema que temos e que não sabemos como resolver. Apanhar cães em terreno aberto não é fácil”, diz.
Há cinco meses, O MIRANTE noticiava que na madrugada de sexta-feira, 9 de Junho de 2017, cães errantes de grande porte tinham atacado um rebanho de Jorge Dias na localidade de Chainça, perto de Abrantes, matando oito ovelhas e ferido gravemente cerca de vinte. O dono do rebanho contava que tinha sido a primeira vez que os cães atacaram na propriedade junto à sua casa na Chainça, após terem conseguido saltar o muro que delimita o terreno.
No entanto, anteriormente, animais seus já tinham sido dizimados noutros pontos do concelho de Abrantes, conforme aliás
O MIRANTE foi dando conta. O proprietário pedia mais acção por parte das autoridades, nomeadamente da polícia e da câmara municipal, a quem compete a recolha dos animais errantes.