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Um coração humano gigante a pensar na pequena Beatriz
Solidariedade. Moradores juntaram-se para ajudar Beatriz

Um coração humano gigante a pensar na pequena Beatriz

População aderiu ao apelo para participar num videoclip que visa a angariação de fundos que ajudem a família a suportar os tratamentos da menina de Vila Nova da Barquinha que sofre de uma doença semelhante à paralisia cerebral.

Mais de cem pessoas estiveram na tarde de sábado, 11 de Novembro, no parque ribeirinho de Vila Nova da Barquinha, para formar um coração humano. Essa é a cena final do videoclip que o músico Pedro Dyonysyo criou para ajudar Beatriz Morgado, a menina de seis anos que sofre de uma doença rara, cujos sintomas são semelhantes aos da paralisia cerebral.
O objectivo do videoclip, que vai ser difundido na Internet, é divulgar o IBAN da conta bancária dos pais de Beatriz, para angariar fundos que ajudem a pagar os cerca de 20 mil euros anuais de custos com o tratamento da filha, que não é comparticipado pelo serviço nacional de saúde.
O novo tema musical inspirado na Beatriz, residente em Vila Nova da Barquinha, poderá chamar-se “Menina da Madrugada”, mas Pedro Dyonysyo ainda não decidiu se será mesmo esse o título da música, que espera cumpra o objectivo de ajudar “a doce pipoca” e os pais a suportarem os custos dos tratamentos.
“Em Dezembro vamos fazer os últimos tratamentos em Portugal, que são de genética, e depois vamos pensar noutras hipóteses”, disse a mãe de Beatriz, Zélia Galvão, a O MIRANTE. Adiantou ainda que ela e o marido, Nuno Morgado, vão contactar investigadores portugueses que trabalham em Inglaterra para saber se os aceitam para fazer o diagnóstico e esperam obter algumas respostas.
Actualmente Beatriz faz tratamentos de therasuit e medek - duas terapias de reabilitação alternativas para estimular o desempenho da actividade motora - de três em três meses, ao longo de um mês intensivo, e tem ainda terapia da fala e ozonoterapia numa clínica privada, em Espinho.
Nenhum destes tratamentos, que pretendem melhorar a qualidade de vida da Beatriz, é comparticipado pela Segurança Social ou pelo serviço nacional de saúde. No total, Zélia Galvão e Nuno Morgado gastam cerca de 4.500 euros com cada ronda de tratamentos, apesar da família viver apenas com o salário mensal de Zélia, visto que o pai de Beatriz está desempregado.
Beatriz é acompanhada clinicamente no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, além de fazer fisioterapia e hidroterapia no hospital do Entroncamento.
O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire, que também participou no coração humano para ajudar a Beatriz e a família, contou a O MIRANTE que a autarquia tem ajudado dentro das suas possibilidades. Em breve espera começar a obra que permitirá o acesso da cadeira de rodas da Beatriz ao apartamento dos pais, num terceiro andar.

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