Morreu “um rapaz cinco estrelas” que olhava para os cavalos como filhos
O jovem cavaleiro Manuel Vinagre faleceu aos 18 anos quando fazia aquilo de que mais gostava: montar a cavalo. O acidente ocorreu durante um passeio equestre, na zona de Benavente. Os amigos recordam-no com saudade.
Ser cavaleiro era a grande aspiração na vida de Manuel Vinagre, o jovem de 18 anos, residente em Salvaterra de Magos, que morreu no dia 1 de Dezembro na sequência de uma queda, quando participava num passeio equestre que se realiza na zona de Benavente.
Nasceu no meio equestre, numa família ligada à equitação e criação de cavalos, proprietária da Coudelaria Menezes, e o seu sonho era ser um dos melhores do país na modalidade de dressage e ensino. Foi isso que sempre disse aos amigos, jovens como ele, que se despediram dele nas cerimónias fúnebres realizadas na terça-feira, 5 de Dezembro, em Salvaterra de Magos, em cujo cemitério ficou sepultado.
Manuel vivia com os pais e os dois irmãos mais novos em Salvaterra de Magos e ocupava o 59º lugar no ranking mundial de Young Riders (jovens cavaleiros) na especialidade de ensino. Actualmente, Manuel montava na Coudelaria Sociedade das Silveiras, do tio Manuel Braga.Já tinha participado o ano passado no mesmo passeio e este ano voltou a inscrever-se, mas um acidente de percurso, durante a passagem pela Herdade Quinta da Foz, em Benavente, ditou a sua morte. O cavalo escorregou, caiu e o jovem caiu com ele, sofrendo um traumatismo craniano.
Quando os Bombeiros Voluntários de Benavente e a VMER de Vila Franca de Xira chegaram ao local, Manuel tinha uma hemorragia craniana que o levou a ser enviado para o Hospital Vila Franca de Xira, onde viria a falecer.
Apesar de ser natural de Salvaterra de Magos, Manuel estudou até ao 12º ano na Escola Secundária de Benavente e encontrava-se neste momento a fazer melhoria de nota a algumas disciplinas na Escola Secundária de Salvaterra de Magos. Os amigos que fez em Benavente recordam-no como um rapaz sorridente e com quem toda a gente se dava bem, incluindo professores.
Francisco Netto Bacatelo, 16 anos, recorda-o como “um rapaz cinco estrelas”: “Ele era uma excelente pessoa e muito amigo do seu amigo. Nunca tive um amigo tão católico como ele!”. Francisco recorda que o único grande passatempo de Manuel era montar a cavalo e estar com os amigos. Era uma pessoa de objectivos bem definidos e empenhado em alcançá-los, tanto a nível escolar, onde era bom aluno, como na equitação. “O Manel tinha um amor pelos cavalos inexplicável, era como se os cavalos fossem os filhos dele”, conta Francisco.