CTT quer fechar postos dos correios de Alpiarça e Alferrarede
Autarcas contestam essa possibilidade e vão pedir esclarecimentos à empresa.
Os postos dos Correios (CTT) de Alpiarça e de Alferrarede (Abrantes) estão na lista dos 22 do país que a administração da empresa pretende encerrar já este ano. O plano de lojas a encerrar foi enviado à Comissão de Trabalhadores da empresa, com um pedido de parecer e faz parte do plano de reestruturação da empresa.
Contactado por O MIRANTE o presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Mário Pereira, diz ter sido apanhado de surpresa com a intenção da administração. “A câmara reuniu com a administração dos CTT por duas vezes, uma em Abril e outra em finais de Agosto, e foi-nos sempre garantido que não havia a intenção de fechar a loja de Alpiarça”, diz o autarca que vai marcar nova reunião para esclarecer a situação.
A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), diz que ainda não tem conhecimento oficial da situação e vai tentar obter esclarecimentos junto da empresa. E aproveita para criticar os constantes atrasos na entrega da correspondência no concelho, que têm originado transtornos diversos aos munícipes.
Em comunicado, os CTT afirmam que o encerramento destas 22 lojas “não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos […] clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respectivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente”, garantem os CTT.
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente, Socorro (Lisboa), Riba de Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira), de acordo com informação disponibilizada pela Comissão de Trabalhadores dos CTT.
O plano de reestruturação da empresa, divulgado há duas semanas, já previa o fecho de balcões. Está prevista também a saída de 1000 trabalhadores da empresa até 2020. A austeridade na empresa liderada por Francisco Lacerda também atinge os administradores, que vão ter salários reduzidos até 25% e cortes nos prémios de gestão. A queda de 57% dos lucros nos primeiros nove meses do ano de 2017 levaram a empresa a por em marcha um plano de reestruturação.