Sarau anual do Círculo Cultural Scalabitano navega pelos Descobrimentos
Espectáculo marcado para sábado e domingo, pelas 16h00, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
Uma marioneta do monstro Adamastor com mais de um metro e meio de altura, uma dançarina que homenageará os poetas Luís de Camões, Fernando Pessoa e Fernão Mendes Pinto e cinco temas originais cantados pelo Coro do Círculo Cultural Scalabitano (CCS) são as novidades do tradicional sarau anual do CCS deste ano que decorre nos dias 24 e 25 de Fevereiro, pelas 16h00, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém. Um espectáculo que encerra as comemorações do 63.º aniversário do CCS e que terá este ano o tema “Cantando espalharemos por toda a parte”, remetendo para os Descobrimentos.
A acção passa por três espaços: o “Museu da Epopeia Portuguesa” e as salas “Das Descobertas”, “Do Mercado no Oriente” e “Etnografia Ribatejana”, onde estará a a actuar a Orquestra Típica Ribatejana. “Este sarau procura conduzir-nos numa viagem pelos Descobrimentos seguida por Luís de Camões, Fernando Pessoa e Fernão Mendes Pinto onde não faltarão amores e desamores, naufrágios e aventuras”, adianta Nuno Domingos, da direcção do CCS, durante a apresentação do sarau.
Este ano, conta Nuno Domingos, quem mais arriscou foi o Coro do CCS. “Ele é o grande responsável pelo espectáculo deste ano”, revela. De tal forma que criaram cinco temas originais de raíz propositadamente para o espectáculo. Já o Veto Teatro Oficina irá contar a história e o Ballet da Academia de Dança e Expressão Corporal do CCS dará corpo ao sonho e à realidade através da dança contemporânea.
A encenação e direcção de actores são da responsabilidade de Nuno Domingos, dirigindo os maestros António Matias o coro e Abílio Figueiredo a orquestra. As coreografias são de Encarnação Noronha.
Eliseu Raimundo, presidente da direcção do CCS, lembra o significado do sarau anual da instituição, iniciado logo em 1955, no então Teatro Rosa Damasceno, sobretudo nas primeiras décadas de existência da associação, num tempo em que o país “não se preocupava com a educação e muito menos com uma verdadeira educação artística, numa sociedade fechada sobre si mesma”.
Lembrando que eram as actividades culturais e desportivas proporcionadas pelas associações que “permitiam à população encontrar-se e formar a sua sensibilidade e gosto”, Eliseu Raimundo refere os espectáculos musicais, teatrais e desportivos que estas promoviam e que, “de outro modo, não havia possibilidade de apreciar numa cidade pacata de ‘província”.