Águas de Santarém com resultados positivos em 2017
Em ano de seca aumentou o consumo de água. A ligação de mais de mil novos clientes à rede de esgotos também ajudou a crescer a facturação.
A empresa municipal Águas de Santarém, que gere as redes de abastecimento de água e de saneamento básico nesse concelho, teve um resultado líquido positivo de 362 mil euros em 2017, sendo de registar também mais 1.185 novos clientes ligados à rede pública de saneamento de águas residuais, situação que contribuiu decisivamente para o aumento da facturação no ano passado.
Um dado que resulta da expansão da rede de esgotos por todo o concelho, verificada nos últimos anos. “A adesão de novos clientes, que continua em curso e com um ritmo assinalável, para além de obrigatória a todos os que estão servidos pela rede pública de saneamento recentemente ampliada no concelho de Santarém, constitui um factor determinante para a sustentabilidade ambiental e preservação da saúde pública”, enfatiza Teresa Ferreira, administradora executiva da Águas de Santarém, no preâmbulo do Relatório e Contas da empresa que foi aprovado pela maiora PSD na última reunião de câmara, com as abstenções dos quatro vereadores do PS.
A seca severa que se registou no país em 2017 teve também repercussões na actividade da empresa, pois os volumes de água aduzida e facturada “foram claramente superiores aos últimos anos”, na ordem dos seis por cento (%). A água aduzida chegou aos 6,1 milhões de metros cúbicos, tendo as perdas, reais e aparentes, ficado nos 31%, registo equivalente a 2016. Parte dessas perdas refere-se a consumos ilícitos, que têm aumentado e que a Águas de Santarém tem tentado combater com o reforço dos meios de fiscalização, humanos e materiais, no sentido de uma actuação mais rápida e eficaz.
No que toca ao investimento, que rondou o milhão e 700 mil euros em 2017, Teresa Ferreira destaca a substituição de mais de 7 quilómetros de rede de abastecimento de água. “A substituição gradual da rede de água, levada a cabo nos últimos dois anos, é fundamental não só para a redução de perdas de água como para a manutenção da qualidade da água”, considera a administradora, referindo que no ano passado diminuíram as roturas em condutas e ramais.
Em resposta ao vereador José Augusto Santos (PS), que manifestou preocupação pelo volume de perdas de água e pela necessidade de substituir a rede mais antiga, Teresa Ferreira diz que gostava de poder substituir cerca de 10km de rede de água por ano mas enquanto não for disponibilizado financiamento da União Europeia para o efeito não será possível fazer muito mais.