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Semana Santa do Sardoal deve ser vista como produto turístico
Presidente do Turismo do Centro com o filho e o presidente da câmara nas ruas do Sardoal

Semana Santa do Sardoal deve ser vista como produto turístico

Presidente do Turismo do Centro empenhado em promover este património cultural

O presidente do Turismo do Centro considera que a Semana Santa do Sardoal e toda a riqueza associada à componente cultural é cada vez mais importante para “o turismo que queremos”. “Somos cada vez mais procurados pelo turismo cultural, patrimonial, que não termina na oferta religiosa nem apenas na Páscoa e que pode ser apreciado ao longo de todo o ano”, sublinhou Pedro Machado na abertura das festividades pascais, na quinta-feira, 29 de Março.
Pedro Machado, acompanhado pelo presidente do município, Miguel Borges, visitou as igrejas e capelas adornadas com tapetes de flores e plantas naturais. O presidente do Turismo do Centro adiantou que vai promover este património que está associado à época pascal por ter procura turística. Miguel Borges acredita que uma das grandes apostas para o futuro do concelho passa pelo turismo religioso e de natureza, considerando as celebrações da Semana Santa como uma boa forma de divulgar o que o concelho tem de melhor.
A visita aos tapetes de flores começou pela Igreja da Misericórdia, do século XVI, representativa da arquitectura Renascentista na região. Seguiu-se a Igreja Matriz da Paróquia de São Tiago e São Mateus, a Capela do Espírito Santo, Capela da Nossa Senhora do Carmo, Capela de Santa Catarina, que tal como a de Sant’Ana foram capelas particulares de famílias que as doaram à paróquia de Sardoal. O presidente do Turismo do Centro reconheceu que nestes templos “há tesouros que estão ainda muito escondidos e que é preciso conhecer para poder divulgar e promover”.
Há uma teoria sobre a criação dos tapetes de flores que resultam da criatividade e das mãos habilidosas de muitos populares. João Sousa, técnico de conservação e restauro da Câmara de Sardoal, explica que em 1303, aquando de uma visita da Rainha Santa Isabel a Sardoal, na pobreza e sem tapetes persas para receber condignamente a rainha consorte de Portugal, fizeram-se tapetes de flores relacionados com símbolos pascais e religiosos.

Uma fonte inesgotável de simpatia e curiosidade

Na primeira fila dos convidados da Câmara do Sardoal para a visita guiada às capelas e igrejas, enfeitadas com tapetes de flores, atento às explicações que vão sendo dadas por João de Sousa, técnico de conservação e restauro, está quase sempre Rafael Machado, de 11 anos, conhecido pelo diminutivo Rafa, que se revela ser uma fonte inesgotável de curiosidade.
“Como conseguiram fazer aquela cor?”, pergunta o jovem, perante uma imagem de uma Nossa Senhora, suscitando um esclarecimento preciso do técnico. Depois de ouvida aquela e outras explicações, o filho do presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, confidencia à jornalista de O MIRANTE. “Antes, quando ia com o meu pai a algum lado, via tudo como uma grande ‘seca’ mas agora tenho uma perspectiva diferente e encaro tudo como uma oportunidade de aprender mais”.
Na rua as perguntas de Rafa não param. Junto à montra de uma loja quer saber o que significa o letreiro trespassa-se. E pergunta à jornalista porque escolheu aquela profissão e se era aquilo que queria ser quando ela era criança. E quer saber quais eram as suas brincadeiras preferidas.
O jovem estudante da escola Eugénio de Castro, em Coimbra, fala com toda a gente e dá explicações sobre si quando lhe são solicitadas. “Esforço-me por ter boas notas mas só ando no 5º ano. Gosto muito de história e estou a adorar esta visita. Vim com o meu pai porque estou de férias. Gostava de poder andar com ele mais vezes”, explica.
É simpático, vivo, educado, prestável. A certa altura, numa zona íngreme, quando vê a jornalista mais cansada, oferece-lhe ajuda. “Apoia-te no meu braço para não caíres. É melhor assim porque se caíres eu não consigo levantar-te”, diz. E um pouco mais à frente, já a caminho do Centro Cultural Gil Vicente, onde seriam servidas algumas especialidades da terra, faz um convite. “Vens comigo atacar o lanche?” E lá fomos. Ele, alegre e super feliz, e a jornalista muito menos pessimista relativamente ao futuro do país e da Humanidade. Muito obrigada, Rafa!!!

Semana Santa do Sardoal deve ser vista como produto turístico

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