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Cursos do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira precisam de novo fôlego

Serviço tem inscritas actualmente 3.845 pessoas sem trabalho. Autarcas reflectiram sobre o ponto de situação da formação profissional no concelho e consideram que ainda há trabalho a fazer para que os cursos correspondam às reais necessidades do território.

Não vale a pena ocupar as pessoas desempregadas em cursos de formação profissional que depois não sirvam as reais necessidades das empresas do concelho e que as deixem novamente sem trabalho no fim do ciclo lectivo. Esta é a principal conclusão de uma reflexão promovida na última semana pelo executivo da Câmara de Vila Franca de Xira a propósito da aprovação da proposta de representação do município no Conselho Consultivo Local do Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Franca de Xira.
No concelho estão actualmente inscritas à procura de trabalho 3.845 pessoas. “É uma situação que nos preocupa e é preciso que se encontrem soluções de verdadeira empregabilidade dos cursos profissionais que são ministrados. Muitas vezes não correspondem às necessidades do concelho. Deve haver uma maior ligação entre as escolas, o tecido empresarial e os centros de emprego. Há empresas que precisam de gente qualificada e não têm”, lamentou Alberto Mesquita (PS), presidente do município.
O autarca nota que a relação entre os centros de emprego e as empresas é “essencial” para que se possa dar emprego a quem frequenta os cursos profissionais e destacou o “bom exemplo” da Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, que consegue empregar “praticamente a cem por cento” os alunos dos seus cursos de mecânica. “O exemplo da Gago Coutinho até pode ser aproveitado e usado noutros concelhos”, frisou.
Já o vereador Nuno Libório (CDU) considera que o número de desempregados no concelho continua a ser “preocupante” e que a precariedade do trabalho continua a atingir sobretudo os mais jovens. “Continuamos a viver um momento de destruição do ciclo produtivo”, lamentou.
Os conselhos consultivos locais dos centros de emprego são estruturas que reúnem uma vez por trimestre e onde estão representados oito responsáveis da administração pública, incluindo o director do centro de emprego. Têm como competência apreciar e emitir pareceres sobre o plano anual de actividades do centro, bem como do seu orçamento e relatório anual de actividades, acompanhando ao mesmo tempo a actividade do centro emitindo pareceres sobre a actividade formativa e as saídas profissionais.

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