A família ficou chocada com o estado da campa do antigo bombeiro Morel Costa, no cemitério do Cartaxo. Junto da sepultura, que estava descuidada, havia entulho e pedaços de madeira. “O meu avô foi enterrado no extremo do cemitério e quando fomos visitar a sua campa mais parecia que estava lá sepultado um animal tal era o estado em que se encontrava a sua campa”, lamentou Luís Costa, neto do falecido a O MIRANTE. A Câmara do Cartaxo reconheceu a situação, dizendo que houve um descuido e já apresentou desculpas.
O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, explicou a O MIRANTE que foi alertado para a situação no dia 31 de Maio e que no dia seguinte a situação foi resolvida. “Houve falta de atenção por parte dos operacionais que estão no cemitério que não tiveram o cuidado de ter aquela zona limpa. Seria sempre uma situação temporária mas que criou melindre junto da família. Falei com a filha do falecido e, em nome da câmara municipal, apresentei as desculpas”, refere.
Morel Costa faleceu no dia 29 de Abril e o seu corpo foi sepultado no dia 1 de Maio deste ano. O falecido tinha 92 anos e foi bombeiro na corporação do Cartaxo durante cerca de 50 anos. Também a sua filha e o neto integraram o corpo de bombeiros do Cartaxo. “O único pedido que o meu avô me fez foi que quando morresse fosse feita uma cerimónia com os bombeiros a acompanharem-no até à última morada. E respeitamos a sua morada. Só lamento que o meu avô não tivesse ficado na ala onde estão enterrados os bombeiros do Cartaxo. Falei com o presidente que me disse que estava lotado”, lamentou.