Insucesso escolar está associado à condição socioeconómica dos alunos
Secretário de Estado da Educação esteve em Vila Franca de Xira num seminário que incidiu sobre o sucesso educativo e o perfil do aluno no século XXI. Pobreza e insucesso escolar andam de mãos dadas, disse o governante.
O secretário de Estado da Educação, João Costa, defendeu em Vila Franca de Xira que o aprofundamento do sucesso escolar é um combate à injustiça social e um esforço para garantir aprendizagens mais significativas. Um dos factores apontados para o nível de insucesso escolar dos alunos foi a pobreza.
“Temos o insucesso escolar fortemente associado à condição socioeconómica dos alunos e não podemos ficar sossegados, enquanto tivermos uma escola que quer ser elevador social, mas na verdade não o é. Temos de chegar àqueles alunos que dependem exclusivamente da escola [para aprenderem]. O preditor continua a ser a pobreza”, disse João Costa para a plateia de alunos e professores que se reuniram no dia 29 de Maio, na Escola Básica e Secundária Prof. Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira.
No mês de Maio foi aprovado um decreto-lei que “dá às escolas o reforço de autonomia e flexibilidade para desenvolver o currículo com formas inovadoras de aprendizagem mais adequadas aos desafios que são colocados aos alunos”, durante o percurso escolar e no seu futuro. Para João Costa “este instrumento de flexibilidade curricular” pretende “chegar a melhores aprendizagens” e combater o insucesso escolar.
No dia em que em Vila Franca de Xira se debateu o “Perfil do Aluno do Século XXI: Rumo ao Sucesso Educativo”, também estiveram presentes o juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça, Álvaro Laborinho Lúcio, e o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita. O secretário de Estado congratulou o município ribatejano por desenvolver um compromisso com “debates profícuos sobre a educação”. Acrescentou que este compromisso se tem visto um pouco por todo o país e que é vantajoso para a educação, quando os estabelecimentos de ensino e municípios se dispõem a “discutir a essência do trabalho das escolas”, que consiste em “saber quem educamos, como educamos, para que é que educamos”.