Alunos da EB 2,3 de Vialonga vão ter aulas fora da escola durante as obras
Pais consideram que as obras previstas não vão dotar a escola de todas as condições necessárias. Mas ainda não se sabe quando arranca a empreitada.
Enquanto decorrerem as obras de requalificação da degradada e sobrelotada escola básica dos segundos e terceiros ciclos (EB 2,3) de Vialonga, parte dos cerca de 1.200 alunos irão ter aulas em diferentes locais espalhados pela vila. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), durante a última reunião pública do executivo.
Os trabalhos de reabilitação e ampliação daquela escola devem custar seis milhões de euros e têm uma duração prevista de 18 meses, período durante o qual nem todos os alunos poderão ter aulas naquele recinto escolar. Falta saber quando começam as obras, pois primeiro é preciso inscrever o investimento no Orçamento de Estado com a respectiva verba.
Segundo Alberto Mesquita, a empreitada exige um planeamento cuidadoso. Alguns alunos poderão continuar a frequentar a EB 2,3 mas outros, a maioria, terá de sair. “Teremos de encontrar soluções para acomodar esses alunos de uma forma minimamente aceitável. É um processo que não é simples, tem as suas dificuldades e nas conversas que temos tido com o agrupamento já estamos a ver como é que tudo isto se poderá resolver”, explica o autarca.
Numa reunião realizada antes das férias de Verão entre o município e a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) foi acolhido, “quase integralmente”, o programa funcional da obra. “Há aqui critérios que temos de definir bem. Provavelmente vamos ter de ampliar alguns espaços com um primeiro piso para haver capacidade de encaixar as salas e espaços que a escola nos mostrou que são necessários”, adianta Mesquita.
Pais queriam mais
Recentemente a associação de pais daquela escola veio manifestar alguma preocupação face à possibilidade de se estar a perder uma oportunidade de requalificar totalmente a escola, lembrando que mesmo com a escola requalificada irão continuar a faltar equipamentos informáticos para todos os alunos e salas em quantidade suficiente para todas as necessidades.
Sara Vargas, vereadora da CDU, questionou sobre esse assunto, mostrando preocupação pelo atraso no avanço das obras. “É urgente dotar esta escola com as condições indispensáveis a uma escola de qualidade a que os habitantes de Vialonga têm direito, sendo também urgente a remoção das coberturas de fibrocimento que ali existem e que contêm amianto”, alertou.
Mais salas e gabinetes
Em Abril foi assinado o acordo de cooperação técnica entre a Câmara de Vila Franca de Xira e o Ministério da Educação, considerado o primeiro passo com vista à requalificação da escola, uma das mais degradadas do concelho. A obra será paga pelo ministério mas os projectos de arquitectura e especialidade serão da responsabilidade da câmara, que os deve ter concluídos até final deste ano. Vão ser criadas mais salas, ampliados espaços exteriores e criados gabinetes para professores e actividades, adaptando-se às necessidades e abrindo a porta ao ensino secundário.