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Canil Intermunicipal de Torres Novas sobrelotado porque não mata animais
Canil de Torres Novas tem capacidade para 90 cães e 20 gatos e promoveu campanha de adopção

Canil Intermunicipal de Torres Novas sobrelotado porque não mata animais

No dia em que começou proibição de abate foram recolhidos mais animais do que adoptados. Os técnicos do Canil Intermunicipal de Torres Novas foram a Vila Nova da Barquinha fazer uma campanha para dar seis cães, mas voltaram para casa com dez animais porque recolheram seis gatos abandonados. Todos os dias no canil há uma autêntica aventura para se conseguir juntar animais nas mesmas boxes e acolher mais bichos abandonados.

O objectivo era entregar animais para aliviar a sobrelotação do Canil Intermunicipal de Torres Novas, mas a campanha de adopção que decorreu no largo junto ao centro cultural da Barquinha resultou num aumento do efectivo. Dos seis cães, dois tiveram a sorte de irem para casa de uma família, mas os técnicos do canil receberam seis gatos.
No fim-de-semana em que entrou em vigor a nova lei que proíbe o abate de animais nos canis municipais, Telma Gomes, veterinária do canil, realça que o equipamento, que abrange os concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha e Alcanena, está sobrelotado neste momento. Precisamente porque a veterinária “já seguia uma política de não abate dos animais, mesmo não sendo proibido”.
O Canil tem capacidade para 90 cães e 20 gatos e tem neste momento mais de 130 animais, o que obriga os técnicos e funcionários a muita imaginação e alguma ginástica para tentar acomodar todos os animais. É preciso avaliar e estudar bem quais os animais que ficam juntos na mesma boxe, para se evitarem brigas e complicações. Telma Gomes, há um ano a trabalhar no canil, já deu o exemplo e levou para casa um cão e um gato. O que faz também com que seja complexa a logística para se recolherem os animais abandonados.
Há coisas que as leis não resolvem e que têm a ver com cultura ou formação. É preciso proteger os animais, mas a veterinária alerta que se devem evitar exageros e que é um perigo cair na tentação de tratar os animais como se fossem pessoas. “Não posso humanizar um gato ou um cão. Vou respeitar um cão aceitando que ele é um cão e tratando-o como tal. Não podemos humanizar porque isso leva a extremismos e radicalismos, que acabam por descredibilizar o trabalho que se faz na área da protecção animal”, realça Telma Gomes.
Para a veterinária a melhor protecção dos animais é a educação humana, porque não é a legislação que impede o abandono de cães e gatos. “O problema não é o que se faz com os cães abandonados mas sim o facto de serem abandonados”, diz a veterinária, referindo-se à nova lei de proibição de abate de animais nos canis. Se quer contribuir bem o bem estar-animal, adopte um cão ou um gato, contactando o canil através do telefone: 249 822 122.

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