Depois do anúncio da saída do último programador e director artístico do Teatro Virgínia é de esperar que a programação se vire para a chamada prata da casa. Para mim, que sou assídua espectadora do Virgínia, é uma péssima notícia a entrega da futura programação a funcionários da câmara e a vereadores. Ou muito me engano ou o Virgínia como sala de espectáculos amiga dos cidadãos que gostam de espectáculos de bom nível, mas não os podem ir ver a Lisboa, chegou ao fim. Agora que parecia que as finanças se compunham, a programação vai afundar-se. Vai ser bom para os amadores da terra que ficam com uma sala excelente. Vai ser mau para a cultura. E não me digam que o que passava no Virgínia era elitista pois estive lá com a sala quase cheia. Ainda este ano, para não recuar muito tempo, para ver o Fausto Bordalo Dias e a Teresa Salgueiro, por exemplo.
Maria Filomena Forjaz