Câmara paga renda da loja social de Azambuja e garante a sua continuidade
Equipamento da Cerci Flor da Vida ia encerrar portas por falta de meios financeiros.
A Câmara de Azambuja aprovou a atribuição de uma verba anual no valor de 4.800 euros à Cerci Flor da Vida, instituição particular de solidariedade social (IPSS) do concelho de Azambuja, para suportar o pagamento das rendas da loja social criada por essa IPSS. A verba vai ser transferida em tranches trimestrais de 1.200 euros.
A loja social, gerida pela Cerci, existe há oito anos, depois de a instituição ter protocolado com o município a criação dessa resposta social. O protocolo prevê que é à instituição que cabe assegurar a coordenação da loja, elaborar os critérios de admissão dos beneficiários, organizar os processos dos indivíduos ou famílias admitidos e disponibilizar os recursos humanos e técnicos para o funcionamento do espaço. A Câmara de Azambuja, para além de passar a assegurar o pagamento da renda, continua a prestar apoio logístico no armazenamento e transporte de bens.
De acordo com Luís de Sousa (PS), presidente da câmara, a loja social estava em risco de encerrar portas, por falta de disponibilidade financeira, por parte da IPSS, para suportar o valor da renda.
Esta resposta social sobrevive de doações voluntárias de particulares, empresas e comerciantes, recebendo artigos como vestuário, calçado, acessórios, mobiliário, brinquedos, equipamento doméstico e eletrodomésticos.
Segundo o município, todos os bens passam por uma triagem e organização ficando apenas disponíveis os que se encontram em bom estado de utilização. Os bens são cedidos a indivíduos e famílias de comprovada vulnerabilidade económica e social.
Oposição alerta para falhas
A vereadora Maria João Canilho (PSD) alertou o presidente da câmara para o incumprimento dos horários de atendimento ao público da loja social e pede um “contacto de prevenção”. Segundo a vereadora, há beneficiários que se dirigem à loja dentro do horário de funcionamento afixado à porta daquelas instalações, mas a porta encontra-se, muitas vezes, encerrada. Luís de Sousa (PS) justifica a situação com o défice de funcionários que a IPSS tem de momento.