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GNR perde carro apreendido e só dá por isso quando tribunal o manda devolver
Gonçalo Pereira

GNR perde carro apreendido e só dá por isso quando tribunal o manda devolver

A Guarda abriu um processo disciplinar a um cabo e o Ministério Público investiga. A GNR tinha a responsabilidade de guardar um carro que tinha sido apreendido a um arguido em Santarém, até que o processo judicial terminasse. Só que a viatura desapareceu e a Guarda intimada a dar explicações, pelo Tribunal de Santarém, pediu ao tribunal se a própria GNR lhe tinha pedido a transferência do veículo para o depósito de Povos.

Um carro apreendido que estava à guarda da GNR desapareceu e agora que o tribunal mandou entregá-lo ao seu dono, ninguém tinha dado pela sua falta nem sabe o que lhe aconteceu. A GNR já levantou um processo disciplinar a um cabo do Destacamento de Trânsito de Santarém. O Ministério Público, na sequência da comunicação do dono do carro, que era arguido num processo de tráfico de droga, pediu uma certidão e abriu também um processo de investigação. O caso já se arrasta desde Março e até agora ainda não há uma conclusão sobre o que aconteceu.
O dono da viatura apreendida numa operação policial em 2016 comunicou ao tribunal, que lhe tinha dado um prazo de 90 dias para ir buscar o veículo, de que se tinha deslocado à GNR e foi informado que se desconhecia o paradeiro do Honda Civic. Passado cerca de um mês e meio o Tribunal de Santarém deu cinco dias à Guarda para informar qual era o paradeiro do veículo, “cuja entrega foi determinada por acórdão já transitado em julgado”.
O Destacamento de Trânsito de Santarém da GNR informou que tinha levantado um processo disciplinar e pedia ajuda ao tribunal para saber se tinha sido solicitado pela própria GNR a transferência do veículo para o depósito da justiça de bens apreendidos, em Povos, Vila Franca de Xira. O que ainda se desconhece.
Gonçalo Pereira, 38 anos, residente em Santarém, viu o seu carro, um Honda Civic ser-lhe apreendido em Junho de 2016, no âmbito de uma investigação da GNR sobre tráfico de droga, que levou a julgamento seis elementos. O dono do Honda, confessa que foi “apanhado no meio de uma investigação” e que lhe foram a casa, em Santarém, apreender o carro.
Enquanto a viatura esteve à guarda do Estado, o arguido diz que teve de adquirir outra viatura para conseguir continuar com o seu trabalho de distribuição de encomendas. Condenado numa pena de três anos e dez meses de prisão, o tribunal entendeu suspender a pena por igual período. E como a situação era de menor gravidade, ordenou a devolução do carro ao dono. Se a viatura não aparecer o Estado vai ter de indemnizar Gonçalo.

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