Os deputados sociais-democratas eleitos por Santarém questionaram o Governo esta segunda-feira, 22 de Outubro, sobre quando tenciona resolver o problema de subfinanciamento do Instituto Politécnico de Santarém, afirmando que, no imediato, são necessários 2,2 milhões de euros para pagamentos a pessoal e fornecedores.
Duarte Marques e Nuno Serra, que esta segunda-feira, 22 de Outubro, se reuniram com a nova direcção do IPSantarém, liderada por José Mira Potes, questionaram o Ministério da Ciência e Ensino Superior sobre quando irá “corrigir o subfinanciamento relativo a 2018”, transferindo os 2,2 milhões de euros necessários para o cumprimento das responsabilidades imediatas, e se vai apoiar a construção da residência de estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Em comunicado, Duarte Marques afirma que confirmou a “primeira leitura feita” do Orçamento do Estado para 2019, de que “não há um euro para a construção de novas residências de estudantes”, apesar da promessa do primeiro-ministro.
Os deputados perguntam ao ministro se tem conhecimento das dificuldades provocadas “pelo défice crónico de cerca de 1,8 milhões de euros que se vem repetindo, ano após ano, resultado de uma estimativa histórica feita de forma errada, injusta e nunca corrigida, apesar de todos os esforços” feitos pelo Politécnico de Santarém junto do Ministério da Ciência e Ensino Superior.
O texto sublinha que, ao défice estrutural, se “somam os custos das reposições remuneratórias, a integração dos docentes, a redução do valor das propinas e o Prevpap, que perfazem um buraco de 3,3 milhões de euros para 2019”, quando o OE2019 apenas contém um reforço de 260 mil euros, bastante inferior “aos 1,1 milhões de euros dos encargos decididos pelo Governo”, agravando “uma situação já de si muito preocupante”.