uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Vigilantes da natureza são poucos para tanta área protegida
Das 15 viaturas entregues em Torres Novas só uma ficará afecta à região, na Serra de Aire e Candeeiros

Vigilantes da natureza são poucos para tanta área protegida

Presidente da associação profissional manifestou a sua estranheza por a Agência Portuguesa do Ambiente não ter um único vigilante adstrito à bacia hidrográfica do Tejo.

O presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN) queixa-se da falta de efectivos e diz que não consegue entender “porque é que não existe um único vigilante da natureza na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsável pela região hidrográfica do Tejo”. Francisco Correia referiu ainda, como exemplo, que 18 vigilantes da natureza - 15 pertencentes ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e três à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo – têm a responsabilidade de cobrir os distritos de Santarém, Lisboa e Leiria.
A seu cargo têm a vigilância de áreas protegidas tão diversas como o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, a Reserva Natural do Estuário do Tejo ou as matas nacionais de Leiria, do Escaroupim, da Machada e das Virtudes.
Nessas áreas, os vigilantes da natureza têm “imensas funções a desempenhar”, refere Francisco Correia, acrescentando que, “além da presença permanente no terreno, detectando possíveis focos de incêndio, protegem as paisagens e as áreas classificadas e garantem a salvaguarda da fauna e flora silvestres, efectuando monitorização ambiental, de espécies e habitats, colaborando activamente em estudos científicos e efectuando uma fiscalização constante”.
Este ano foram abertas e preenchidas 10 vagas para o Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, que inclui o distrito de Santarém. Um número que não deixa Francisco Correia satisfeito. Para o presidente da APGVN, ainda há falta de meios humanos e de meios operacionais, como meios informáticos, de comunicações e viaturas.
Das 15 viaturas entregues a 10 de Outubro, em Torres Novas, pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, aos vigilantes da natureza dos cinco departamentos do ICNF distribuídos pelo país, apenas uma ficará afecta à região, para a zona do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
Rogério Rodrigues, presidente do ICNF, referiu, na sua exposição sobre vigilância activa nas áreas protegidas (integrada na cerimónia de entrega das viaturas), que nos últimos dois anos houve um reforço de 75 homens e mulheres vigilantes da natureza. Dos 122 vigilantes existentes em 2016, passou-se para os 197 em 2018. O total de efectivos a nível nacional é actualmente de 223, contabilizando os elementos do ICNF, da Agência Portuguesa do Ambiente e das diversas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

Vigilantes ou guardas da natureza

A designação vigilantes da natureza surgiu em 1999 com a unificação das carreiras de guarda da natureza e de vigilante da natureza que exerciam funções no Instituto da Conservação da Natureza (actual ICNF) e nas Direcções Regionais do Ambiente e APA - Agência Portuguesa do Ambiente). Por razões históricas foi decidido que a designação de guardas da natureza se iria manter na denominação da associação.

Vigilantes da natureza são poucos para tanta área protegida

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido