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Corrupção e gastos pornográficos do Estado debatidos em Tomar
Paulo Morais esteve em Tomar a convite de João Magalhães e Vasconcelos

Corrupção e gastos pornográficos do Estado debatidos em Tomar

Paulo Morais, presidente da Frente Cívica, denunciou a má aplicação dos dinheiros públicos.

O emblemático Café Paraíso, no centro histórico de Tomar, encheu para ouvir Paulo Morais, presidente da Frente Cívica. O representante do movimento de cidadãos expôs durante cerca de duas horas o problema das rendas ruinosas das parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias e de que forma estão a hipotecar o futuro do país e da região.
Na sala a assistência ouvia com entusiasmo. José Pereira, de Tomar, questionou Paulo Morais se será possível alterar alguma coisa no sistema oligárquico em que vivemos. “Não vivemos numa democracia, os cidadãos nunca são consultados para nada”, desabafou. Paulo Morais concorda que não há uma verdadeira discussão do Orçamento de Estado, “discute-se o IVA das touradas e outros folclores, mas sobre a rubrica ‘Participações’ que prevê 4 mil milhões de euros, não há uma única linha que explique este valor”.
O presidente da Frente Cívica diz que não é um super-homem, sozinho não consegue acabar com a corrupção, mas faz o que está ao seu alcance. “O importante é acabar com esta sangria que nos faz perder três milhões de euros por dia. As PPP são ruinosas mas nenhum político ainda mostrou disponibilidade para acabar com elas”, confessa Paulo Morais.
A Frente Cívica defende a indemnização dos concessionários pelo seu real valor e avançar com a entrega da exploração ao Estado. Uma solução que permitiria uma poupança na ordem dos 11 mil milhões de euros anuais. “Com esta verba podiam construir-se 30 hospitais, duas mil escolas ou pagar a toda a função pública durante um ano”, revela o ex-autarca da Câmara do Porto.
O convite para o debate partiu de João Magalhães e Vasconcelos, empresário agrícola na Golegã, a residir na Azinhaga. Foi o responsável pela organização e revelou a O MIRANTE que o fez pela “necessidade de dar a conhecer os problemas na área da corrupção que alimenta poucos em prejuízo da maioria”.
A Frente Cívica considera que há um pacto de silêncio sobre a má aplicação do dinheiro público e promove debates por todo o país para ajudar a esclarecer os cidadãos. A associação pretende recolher 20 mil assinaturas até ao final da legislatura para levar a debate na Assembleia da República a extinção das PPP. Até ao momento recolheram cerca de 10 mil. A petição pode também ser assinada on-line em http://frentecivica.com/. No próximo domingo 4 de Fevereiro há novo encontro agendado para Mira de Aire.

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