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Denúncia sobre venda de droga na escola acabou em agressão
Tiago Abreu é um dos encarregados de educação que suspeita da venda de droga dentro da escola

Denúncia sobre venda de droga na escola acabou em agressão

Aconteceu na Escola D. João II, em Santarém, e a PSP está a acompanhar o caso.

Um aluno de 15 anos que frequenta o 9º ano da Escola Básica 2/3 D. João II foi agredido dentro da biblioteca da escola, no dia 15 de Janeiro, alegadamente por ter denunciado um colega, que lhe terá vendido droga dentro do recinto escolar. O pai do menor agredido, Tiago Abreu, questionou o filho sobre a forma como tinha adquirido a droga e o menor contou que a tinha comprado dentro da escola a um grupo de alunos já referenciado por vender estupefacientes.
A directora do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, Maria Adélia Esteves, confirma que existem suspeitas de que possa haver venda de droga nas instalações daquela escola. “Não temos provas de nada. Temos suspeitas que isso possa acontecer e por isso mesmo já encaminhámos as nossas suspeitas para as autoridades competentes, neste caso a Escola Segura”, garantiu.
Maria Adélia Esteves conta que essas suspeitas surgem devido à quantidade de queixas que lhe têm chegado, por parte dos encarregados de educação, sobre um grupo de jovens “mal comportados, que poderão andar com más intenções”. A responsável pelo Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira diz, no entanto, que o caso da briga está ainda a ser averiguado e nada indica que as motivações tenham sido relacionadas com droga.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) confirma que tem conhecimento do caso, sendo que alguns alunos estão já referenciados e, sobre as causas da agressão em concreto, será feita uma investigação e do que for apurado serão tomadas as medidas consideradas adequadas.

Alunos vão ser ouvidos pela polícia
No mesmo dia da agressão, 15 de Janeiro, Tiago Abreu confrontou o jovem apontado pelo filho como o vendedor do produto ilícito, que lhe negou os factos. “Cerca de uma hora depois, recebo um telefonema do meu filho a dizer que tinha sido agredido na biblioteca da escola, por um outro rapaz, que faz parte desse grupo”, conta.
O pai do jovem levou o filho ao Hospital Distrital de Santarém para que fosse visto por um médico. O relatório do episódio de urgência, a que O MIRANTE teve acesso, apontava para uma escoriação no joelho esquerdo. Após a saída do hospital, Tiago Abreu apresentou queixa na PSP.
O encarregado de educação falou ainda com a coordenadora da Escola D. João II, que abriu um processo para averiguar os factos que está ainda a decorrer. “O meu filho e o outro aluno foram ouvidos pela direcção da escola e foram chamados outros jovens como testemunhas, mas não apareceram por terem receio”, refere Tiago Abreu.
A venda de produtos ilícitos será feita, segundo alguns encarregados de educação, por um grupo de alunos entre os 16 e os 18 anos que frequentam a escola e de quem os mais novos têm medo.

Denúncia sobre venda de droga na escola acabou em agressão

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