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Forcados Amadores da Chamusca festejam 45 anos
Nuno Marecos deu instruções aos forcados da Chamusca durante o primeiro treino da época

Forcados Amadores da Chamusca festejam 45 anos

Grupo da Chamusca realizou o primeiro treino do ano na praça de touros da vila. Nuno Marecos é cabo do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca, que comemoram 45 anos em 2019. O grupo estreou-se a 13 de Julho de 1974 na Praça de Touros de Tomar. Marecos falou com O MIRANTE no primeiro treino da época, que se realizou no passado sábado na praça de touros da Chamusca. Um encontro de forcados que serviu para juntar os membros no activo, os antigos forcados e os meninos que certamente farão parte da nova geração do Grupo.

O Grupo tem futuro?
Há cada vez mais jovens a procurarem o Grupo de Forcados.
Nunca foi tão fácil recrutar?
Existe uma ligação muito forte das pessoas da região ao Grupo da Chamusca. Vemos isso nos miúdos. Não precisamos de recrutar, são os jovens que nos procuram.
Já há corridas marcadas para a próxima época?
Temos seis corridas com data definida mas não posso divulgar porque os empresários não iam gostar.
Quanto custou alugar a praça para este treino ?
A praça foi cedida pela Santa Casa da Misericórdia, tiveram essa bondade connosco.
Continuam a aparecer mais forcados de cara que ajudas?
Quase todos querem ser forcados da cara quando aparecem, mas depois de integrados é fácil ajustar cada um ao lugar no grupo onde fazem mais falta.
Como é que está o Grupo nesta altura do ano? Está mais dividido e desmobilizado?
Estamos unidos o ano todo. Somos um dos grupos mais fortes e mais unidos do país. E temos provado isso em todas as épocas. O ano passado em praça tivemos 31 forcados mas o grupo ronda as 45 pessoas.
Como é que se resolve o problema de ter forcados a mais e de muitos não se fardarem?
Com uma boa gestão e de forma decidida. Temos que fazer opções e nem sempre somos justos nas decisões, mas esse é um problema de todas as organizações e de todos os líderes.

O grupo é uma segunda família

Afonso Condeço é um menino de 12 anos que apareceu para treinar com os forcados que admira. É neto e filho de forcados e quer manter a tradição. Em conversa com O MIRANTE, assume o gosto pelo risco e diz que a paixão pelos touros é verdadeira. E embora saiba que a actividade é perigosa assume o risco e confia na sorte.
Luís Leitão, 43 anos, é o rabejador do grupo. Entrou para ser forcado da cara mas depois de pegar em algumas corridas o cabo achou que ele tinha jeito para ser rabejador e é esse lugar que ainda hoje desempenha.
Disse que para o primeiro treino trouxe no seu carro dois jovens e que pelo caminho ligou o rádio para que eles ouvissem o hino e sentissem o espírito do Grupo de Forcados da Chamusca. Há onze anos que pega toiros, sempre no Grupo da Chamusca. Diz a rematar a conversa que esta é a sua segunda família.

Forcados Amadores da Chamusca festejam 45 anos

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