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Mulher brutalmente assassinada em Santarém era prostituta e mãe de dois filhos
Lúcia Oliveira, de 48 anos, foi encontrada sem vida no interior de uma casa em Santarém

Mulher brutalmente assassinada em Santarém era prostituta e mãe de dois filhos

Lúcia Oliveira era casada e vivia na cidade há mais de 10 anos. O local onde foi encontrado o corpo, numa casa do centro histórico, apresentava um cenário de grande violência e sangue por todo o lado, segundo relataram as autoridades.

Foi um cenário de horror o que bombeiros e polícias encontraram na madrugada de segunda-feira, 28 de Janeiro, numa casa do pacato centro histórico de Santarém. Lúcia Oliveira, de 48 anos, nacionalidade brasileira, foi barbaramente agredida até à morte e os motivos que terão levado ao crime são desconhecidos, tal como a autoria do homicídio. No local onde foi encontrado o corpo havia sangue por todo o lado.
As autoridades suspeitam que as cenas de violência tenham acontecido na noite de domingo, 27 de Janeiro, numa casa da Travessa das Frigideiras que seria usada para a prática da prostituição. A mulher encontrava-se já cadáver mas, segundo as autoridades, o crime não teria acontecido muito tempo antes.
Um morador na zona disse a
O MIRANTE que não ouviu qualquer ruído estranho e que foi acordado por volta das 23h30 por um homem que lhe bateu à porta e pediu que chamasse a polícia e os bombeiros. “O homem estava muito nervoso, disse que tentou ligar a uma amiga e achou estranho ela não ter atendido o telefone. Quando chegou a sua casa a porta estava aberta e entrou. Assim que subiu viu a mulher morta e desceu logo a pedir socorro”, conta Manuel Joaquim, que foi quem chamou as autoridades.
Lúcia Oliveira tinha dois filhos e era casada com um português, natural de Santarém, com quem morava há cerca de cinco anos. O homem trabalha no estrangeiro, na construção civil. A brasileira veio para Santarém há mais de 10 anos e dedicava-se à prostituição. Trabalhou em várias casas nocturnas do concelho, tendo a última sido o Retiro da Francesinha, perto do Vale de Santarém. Mesmo casada, a mulher continuou a atender clientes, mas por conta própria, garantem algumas amigas próximas da vítima, que pediram para não ser identificadas.
A casa onde o corpo foi encontrado não era local de residência, estando alugada por ela e outras mulheres que atendiam clientes, muitos deles habituais. Uma amiga da vítima, Ana Bela Vitoriano, contou a O MIRANTE que não percebe o porquê de Lúcia ter continuado a trabalhar como prostituta, uma vez que o marido ganha bem e o filho mais velho, que trabalha no Estrangeiro, também ajudava financeiramente. O filho mais novo, de 16 anos, tem uma deficiência causada por uma vacina estragada que levou quando era pequeno, garante ainda a mesma amiga. O jovem vivia com a mãe e frequentava a APPACDM de Santarém.

“Não parecia que trabalhava na noite”
O presidente da direcção da APPACDM, Luís Amaral, lamenta a situação, referindo que Lúcia Oliveira era uma mãe preocupada e responsável e que eram muitas as vezes que participava nas actividades da instituição.
Segundo as ex-colegas, Lúcia era uma pessoa discreta e muito afável. “Não parecia que trabalhava na noite. Não fumava, não bebia, quando trabalhava nos bares fazia o trabalho, falava pouco e ia embora. Está a ser um grande choque esta notícia”, diz quem trabalhou com ela.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) que esteve no local a recolher indícios e a ouvir alguns vizinhos. O óbito foi declarado no local, sendo o corpo removido para o Instituto de Medicina Legal para ser autopsiado.

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