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Cruzamento perigoso na EN114 é palco de acidentes quase todas as semanas
Acidentes no cruzamento da EN114, na zona do Grainho, são frequentes

Cruzamento perigoso na EN114 é palco de acidentes quase todas as semanas

Infraestruturas de Portugal e Câmara de Santarém não se entendem quanto às medidas a tomar nesse ponto negro na zona do Grainho, arredores da cidade

O cruzamento da Estrada Nacional (EN) 114 com as ruas do Moderno e da Coimbrã, na zona do Grainho, arredores de Santarém, tem sido palco de acidentes frequentes, como o que ocorreu no dia 30 de Janeiro, em que um casal de septuagenários ficou ferido após a colisão da sua viatura com um automóvel ligeiro de mercadorias.
A situação não é nova, pois já em 2014 a Junta de Freguesia de Romeira e Várzea denunciou à Câmara Municipal de Santarém o perigo existente e chegou a haver uma reunião entre a junta de freguesia, a câmara e a Infraestruturas de Portugal (IP), uma vez que a EN114 é uma estrada nacional da competência desta empresa pública.
Na sequência dessa reunião, a IP tomou medidas visando a redução da sinistralidade, nomeadamente a redução do limite de velocidade de 90km/h para 70km/h, bem como o prolongamento da proibição de ultrapassar nas aproximações aos cruzamentos na EN114. Medidas que a câmara considera insuficientes, tendo apresentado um conjunto de outras, entre as quais constam, por exemplo, a colocação de semáforos.
O cruzamento situa-se numa recta que convida a excessos de velocidade e numa zona com uma ligeira lomba. Os acidentes são frequentes, como refere Bruno Camacho que sai do Grainho todos os dias para ir trabalhar. O que se passa é simples: “Quem vem do Grainho e quer seguir em frente, tem de atravessar a EN114 e, nas condições em que está a estrada municipal, e a sinalética pouco visível, muitos são os que nem se dão conta e seguem sem parar no Stop e albarroam os veículos que circulam na EN114”.
Tanto na Rua do Moderno como na Rua de Coimbrã, que são vias municipais, não existe sinalética no pavimento, nomeadamente a indicação de Stop inscrita na estrada. Para Bruno Camacho, vendedor de automóveis, a solução passaria por colocar lombas elevadas à saída do Grainho, para obrigar os condutores a reduzirem a velocidade e assim aperceberem-se do sinal que obriga a parar.

IP e câmara não se entendem
O MIRANTE contactou a IP que refere que as duas intersecções com a EN114 (Rua do Moderno e Rua de Coimbrã) são vias municipais e por isso da responsabilidade da Câmara de Santarém. “A IP não se pronuncia sobre o estado das vias ou da sinalização existente”, ressalva a empresa.
A IP defende que o piso da EN114 nesse local apresenta uma cota ligeiramente superior à das duas ruas porque “tem vindo a realizar, nos últimos anos, intervenções de melhoramentos ao nível do pavimento, no sentido de melhorar as condições de segurança”. Melhoramentos que, diz a IP, “não são acompanhados pela autarquia nas estradas que são da sua competência”. E acrescenta que os sinistros acontecem na EN114 por causa dos veículos que vêm das duas estradas municipais em questão e não porque a EN114 apresente algum problema.
Já para a Câmara de Santarém, o problema reside precisamente na existência dessa cota superior, ou seja, uma “espécie de lomba” que a EN114 tem devido aos melhoramentos de que foi alvo. “O local em questão tem um espelho onde os automobilistas podem ver se vem algum veículo quer de um lado quer do outro, mas neste caso não conseguem, porque essa lomba tapa a visibilidade”, refere o vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do trânsito, Ricardo Rato.
A autarquia continua a defender que a melhor solução seria a colocação de semáforos e voltar a reduzir a velocidade máxima para 50 km/h e nesse sentido promete pressionar a IP. Ainda assim, Ricardo Rato garante que a câmara vai fazer intervenções no local, colocando os sinais de Stop mais próximos da EN 114, dando-lhes mais visibilidade, e colocar também sinalética horizontal.

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