Município procura soluções para a praga de pombos em Tomar
Município pretende criar pombal contraceptivo junto à Mata dos Sete Montes e alerta população para não alimentar essas aves.
A Câmara de Tomar pretende criar um pombal contraceptivo junto à Mata dos Sete Montes para controlar a proliferação de pombos que se tornou uma praga no meio urbano. O vice-presidente do município, Hugo Cristóvão (PS), referiu, em sessão camarária, que uma só solução para este problema não é suficiente.
“Neste momento não temos veterinário municipal e temos concurso para publicar em Diário da República nos próximos dias para voltarmos a ter veterinário, queremos que esta situação dos pombos seja acompanhada por um especialista. Por isso estamos a aguardar para tomar uma decisão”, disse, acrescentando que os pombos já são considerados uma praga, pela população de aves existente.
O vice-presidente recordou que todos os anos retiram muitos quilos de dejectos de pombos dos telhados da biblioteca municipal e alertou para o facto de não haver métodos que funcionem se a comunidade também não ajudar. “As pessoas não devem deixar comida para os pombos uma vez que são um animal selvagem e é na natureza que devem procurar comida. Enquanto deixarem comida nas varandas ou nos caixotes do lixo não vamos conseguir travar a proliferação de pombos. As pessoas não se podem esquecer que os pombos não são animais domésticos”, realçou.
O assunto foi levantado pelo vereador José Delgado (PSD), que defendeu ser necessário controlar as colónias de pombos, assumindo que esta é uma questão complexa e que já há danos no património por causa dessas aves. “Sabemos que os pombos estão associados à sujidade e à saúde pública, que podem originar doenças nas pessoas. É importante que haja um controlo destas colónias”, afirmou.
José Delgado deu exemplos do que se pode colocar em prática para tentar controlar a população de pombos, como o milho contraceptivo e os pombais contraceptivos. “Também os falcões são considerados um método eficaz pois só a sua presença afasta os pombos. É uma técnica que já existe em várias cidades do mundo e vai agora ser testada em Lisboa”, acrescentou. Em Santarém, uma empresa contratada pelo município também utiliza esse método.
Hugo Cristóvão explicou que o município chegou a pedir um orçamento para utilizar falcões, mas como Tomar não é um habitat natural dessas aves teriam que recorrer a um tratador, o que aumentaria os valores desta solução.