As horas de ponta estão a ser caóticas no terminal rodoferroviário de Alverca, que está em obra desde o final do ano passado, e os moradores ainda terão de enfrentar longos meses de trabalhos. Vários utilizadores do comboio queixam-se de falta de informação para os condicionamentos de trânsito.
Em causa está a requalificação da zona envolvente ao terminal rodoferroviário de Alverca, incluindo do parque de estacionamento ali existente - junto às escolas Pedro Jacques Magalhães e Gago Coutinho, que movimentam ambas mais de dois mil alunos - o que tem gerado grandes transtornos para quem diariamente ali deixa o carro para ir apanhar o comboio ou ir para as escolas.
António Oliveira, vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, compreende os transtornos mas garante que foi dada informação atempada à população, incluindo a distribuição de folhetos. O autarca já tinha confessado, aquando da aprovação do procedimento concursal em reunião de câmara no ano passado, que esta seria uma obra que iria causar transtornos.
Actualmente a circulação de trânsito no local faz-se de forma provisória pela chamada via entre escolas, ligando a estação à Rua Vilar Queirós. Agora que a obra se aproxima da sua segunda fase, os terminais de autocarros ali existentes vão mudar de localização, para ficarem mais perto do parque de estacionamento alternativo criado na Tertir. Também o parque alternativo do Futebol Clube de Alverca, na rua da estação, vai entrar em funcionamento para ajudar os condutores a ter lugar.
“Na Avenida Vilar Queirós e na zona da rua da estação vamos construir uma rotunda. O projecto será finalizado este mês. A construção dessa nova rotunda também vai gerar impactos até ao final do ano. A partir daí a rua da estação vai ser requalificada ficando apenas com um sentido, descendente, da rotunda para a estação, para permitir movimentos circulares. É o que está pensado e projectado para aquela zona”, explicou o autarca.
O assunto veio a lume na última reunião pública da Câmara de Vila Franca de Xira pela voz do vereador Carlos Patrão (BE), que notou o “tumulto” recente causado pelas obras, com vários pais a quererem deixar os filhos na escola e sem lugares onde estacionar.