A falta de saneamento básico na Carregueira, concelho da Chamusca, levou cerca de três dezenas de populares a manifestarem o seu descontentamento na última reunião de câmara. Paulo Queimado, presidente da autarquia, disse que não estava ao seu alcance poder ajudar a população, uma vez que as obras necessárias são da competência da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.
Os manifestantes residentes na parte alta da aldeia são os afectados, já que a restante localidade tem a rede de esgotos construída. “Parece que parte da Carregueira está a ser castigada por algum motivo, porque é uma tremenda injustiça que uns tenham saneamento e outros não”, referiu António Simão, porta-voz do grupo.
Os cidadãos vêem-se obrigados a deitar os resíduos domésticos, nomeadamente restos alimentares e águas das máquinas de lavar a roupa, para as ruas e a situação é de “terceiro mundo”, apelidou António Simão.
O presidente da Câmara da Chamusca disse que ia “fechar os olhos” às situações de despejo de resíduos para a rua, uma vez que podem ser alvo de multas avultadas. “Se o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) tem conhecimento disso, estão sujeitos a coimas pesadíssimas”, alertou.
Avelina Luísa respondeu ao autarca referindo que ao invés de fechar os olhos devia era já “tê-los aberto” há muito tempo. “Se não temos esgotos e fossas deitamos os resíduos para onde? Como fazemos?”, questionou.
Paulo Queimado disse que irá pressionar a Águas do Ribatejo para que o caso da colocação de saneamento na parte alta da Carregueira seja uma prioridade, embora tenha referido que esse projecto está contemplado no plano de investimentos da Águas do Ribatejo para os anos 2019/2021.