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Imbróglio com refeitório da Junta de Alverca custa 145 mil ao erário municipal
Problema com a loja onde funciona o refeitório da Junta de Alverca fica agora resolvido

Imbróglio com refeitório da Junta de Alverca custa 145 mil ao erário municipal

Câmara de Vila Franca de Xira abdica de taxas de licenciamento para ficar com espaço. Este é o terceiro imbróglio jurídico que o executivo camarário resolve em Alverca neste mandato, incluindo a posse de parte dos terrenos do novo cemitério da cidade e a demolição do antigo armazém ilegal da Verdelha.

A loja na Rua dos Lavadouros, no centro de Alverca, onde funciona o refeitório dos trabalhadores da junta de freguesia vai passar para a posse da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira mas com uma contrapartida: a câmara abdica de receber 145.609 euros (de um total de 150.125 euros) de taxas devidas pelo proprietário do imóvel, referentes à alteração de um alvará de loteamento na Quinta da Cruz de Pau, em São João dos Montes.
Em vez de pagar as taxas devidas ao município, a empresa compromete-se a entregar ao município a loja onde funciona o refeitório de Alverca, avaliada em 124.590 euros e também a construir um parque infantil na zona do anfiteatro da Quinta da Cruz de Pau. O valor remanescente – cerca de 4.516 euros – será pago à câmara em numerário pela firma Isiverca, Empreendimentos Imobiliários.
A resolução do problema era uma ambição antiga da junta de freguesia, que sempre viveu na iminência de ver o espaço ter de ser desocupado. A história começou no início da década de 1990, quando foi aprovada uma operação urbanística na zona do Choupal, em Alverca, e o promotor cedeu aquela loja para uso da câmara municipal. Só que o empreiteiro faliu e a loja nunca chegou a ser registada em nome do município, que entretanto já a havia cedido à junta de freguesia.
Posteriormente, o espaço foi vendido em leilão e comprado pela Isiverca. A câmara desdobrou-se em tentativas jurídicas para ficar na posse da loja a custo zero mas não conseguiu. Chegou a estar em cima da mesa a possibilidade do município pagar uma renda à empresa pela ocupação do espaço, que também se gorou.

Mais um imbróglio resolvido
Este é o terceiro imbróglio jurídico deixado por anteriores executivos municipais que a gestão de Alberto Mesquita resolve em Alverca neste mandato, incluindo a posse de parte dos terrenos do novo cemitério da cidade e a demolição do antigo armazém ilegal da Verdelha.
“Chegou o momento em que não era possível continuar sem resolver esta questão. Irei agora falar com o presidente da junta para encontrar uma solução de cedência da loja à junta de freguesia”, diz Alberto Mesquita.

Câmara paga sozinha terreno do novo cemitério de Alverca

A Câmara de Vila Franca de Xira optou por não exigir à Junta de Freguesia de Alverca o pagamento da sua parte pelo processo de legalização da posse dos terrenos do novo cemitério da cidade. “O novo cemitério de Alverca foi outro problema que tivemos de resolver e ajudámos a junta a fazê-lo, fomos solidários no sentido de não lhes exigir o que lhes compete pagar dos 300 mil euros da parcela reclamada pelo proprietário”, informou o presidente do município, Alberto Mesquita.
Em causa estavam cerca de 50 mil euros, valor que a junta não tem disponível no seu orçamento. O município e a junta de freguesia, recorde-se, ocuparam ilegalmente, em 1979, uma parcela de terreno privado com quatro mil metros quadrados para construir o novo cemitério da cidade e, por decisão judicial, tiveram de indemnizar a empresa que era dona do terreno.

Imbróglio com refeitório da Junta de Alverca custa 145 mil ao erário municipal

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