Pombos continuam a ser motivo de queixas em urbanizações do concelho de VFX
Câmara de VFX tem na rua uma campanha a alertar para os riscos que os pombos comportam para a saúde pública mas há quem persista em alimentá-los. A última queixa que chegou a O MIRANTE é dos moradores de uma rua da Póvoa.
Uma praga de pombos na Rua Professor Vítor Manuel Morais, na Póvoa de Santa Iria, está a ser uma dor de cabeça para os moradores e está a colocar em causa a saúde pública de quem ali vive.
O que inicialmente começou por ser um grupo de meia dúzia de aves, presumivelmente perdidas do seu bando original, rapidamente se reproduziu dando lugar actualmente a duas ou três dezenas, que estão a entupir as estruturas de escoamento de águas dos prédios e os algerozes, potenciando inundações, bem como a sujar parapeitos das janelas, roupas que estão nos estendais e os automóveis estacionados na rua.
A culpa, dizem alguns moradores, é de quem alimenta os pombos à revelia das instruções dadas pela própria câmara municipal, que já veio alertar para os riscos para a saúde pública que o alimentar destes animais representa.
Um dos moradores já fez queixa à junta de freguesia, que encaminhou o caso para o município de Vila Franca de Xira, que explica a O MIRANTE estar a tentar minimizar os impactos da praga recorrendo a uma técnica que já está em prática noutras localidades do concelho e da região: o afastamento através de aves predadoras.
“Este processo tem conseguido, neste local como noutros, o objectivo desejado da redução populacional, sendo contudo de notar que não se conseguirá eliminar completamente a presença destas aves”, explica o município.
A câmara municipal chegou a promover a captura dos pombos em jaulas equipadas propositadamente para esse efeito mas depois de várias reclamações de activistas pró-animal a ideia acabou por ser descartada.
A elevada densidade populacional dos pombos é um problema grave no concelho, havendo registo de queixas na Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo e Póvoa de Santa Iria. Estes animais são atraídos para os núcleos urbanos pela abundância de alimento e refúgio.
O município tem também sugerido aos proprietários dos imóveis e condomínios afectados que, de modo a minimizar alguns estragos no património, “ponderem a colocação de equipamentos de dissuasão e afastamento de aves disponíveis no mercado” nomeadamente mecanismos que evitam o poiso e a nidificação nos edifícios.
Perigos para a saúde
Micoses, infecções pela bactéria salmonella, encefalites virais e toxoplasmose são algumas das doenças transmitidas aos humanos que estejam em contacto com excrementos de pombo. Por representarem um risco para a saúde pública o município tem nas ruas a campanha de sensibilização “Menos Pombos: Mais saúde”, onde pede aos moradores para não alimentar estas aves, limpar edifícios, caleiras e prédios devolutos a seu cargo e utilizar repelentes para estes animais, impedindo assim a sua nidificação.