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Ana Maia Mendes
foto DR Ana Maia Mendes 34 anos, Técnica de Conservação e Restauro Empregada de mesa no restaurante O Bom Garfo Abrantes

Ana Maia Mendes

34 anos, Técnica de Conservação e Restauro Empregada de mesa no restaurante O Bom Garfo Abrantes

Costuma separar os lixos domésticos?

Separo sempre o lixo para reciclagem. É difícil não o fazer. Não podemos assobiar para o lado em questões do ambiente. É um dever de todos.

Qual é a pior coisa que lhe podem fazer? Falharem um compromisso que assumiram comigo e avisarem-me em cima da hora, seja ele a nível pessoal ou profissional.

Qual a sua primeira actividade profissional? Trabalhei num café, um mês no Verão aos 16 anos, para poder ir de férias com as amigas. Ganhei noventa contos e o dinheiro deu-me para imensas coisas naquela altura.

Tem algum blog ou site pessoal? Não tenho site mas tenciono fazer um. As redes sociais são o principal veículo de promoção do meu trabalho, mas sinto necessidade de ter um site.

Qual é o seu truque para manter a calma perante um imprevisto? Caso seja algo negativo, o meu truque é sempre pensar que poderia ser pior... passado alguns segundos já estou a pensar no plano B, C... Mas há imprevistos que nos levam a situações melhores. Acho que lido bem com o imprevisto de maneira geral.

Custa-lhe levantar-se de manhã? Custa-me levantar de manhã porque me deito quase sempre tarde. Por causa disso prefiro o Verão. O trabalho corre-me sempre melhor, a temperatura ajuda e as tardes mais longas são sempre agradáveis para esticar o horário de trabalho. Assim não me pesa na consciência se a preguiça matinal atacar.

Gosta mais de liderar ou ser liderada? Gosto de ser bem liderada, um líder tem sempre muito a ensinar. O pior é quando, em vez de um líder, nos calha um chefe.

Era capaz de viver sem música? O meu carro anda a música e no meu atelier o rádio está sempre ligado.

O que lhe dá mais gozo fazer na vida? Poder gastar dinheiro no “dolce far niente”. Nada pior do que viver para pagar contas.

Quantos verdadeiros amigos acha que tem? Posso estar a ser injusta, mas acho que há dois ou três que estão lá para tudo.

Há alguma coisa pela qual ainda valha a pena lutar até à morte se necessário for? Nunca me imaginei a lutar até à morte por nada, mas tenho especial admiração por quem o fez em prol do bem comum.

Fazem falta mais mulheres na política? Fazem falta mais mulheres na política mas, acima de tudo, fazem falta mais mulheres e homens que se interessem por política sem a encararem na perspectiva de terem tacho.

Alguma vez deu sangue? Muitas vezes, sou dadora de sangue e não só.

Se vir alguém deitar lixo para o chão diz-lhe alguma coisa? Se for um desconhecido talvez não diga verbalmente, mas faço cara feia. Se for alguém que esteja comigo claro que digo.

Qual a tradição que nunca podemos deixar morrer? Não podemos deixar de ouvir os mais velhos. Temos que apreender a sua sabedoria e as suas histórias e transmitir isso aos mais novos. Não há nada mais giro e mais difícil do que perpetuar as tradições orais. Eu própria dou por mim a tentar decorar o nome de plantas e os seus fins medicinais, das quais a minha mãe me fala durante as nossas caminhadas.

Qual a qualidade que mais aprecia numa pessoa? Gosto de pessoas de riso fácil.

Fecha a água enquanto escova os dentes ou quando se ensaboa no banho? A água do meu banho é sempre muito bem gerida. Uma caldeira pequena não dá para me esfregar mais do que é preciso com a água a correr... é mesmo necessário fechar um pouquinho, para terminar o banho com sucesso.

Qual é o seu maior defeito? Sou impaciente e teimosa, mesmo sabendo que o resultado final poderá não ser o melhor, tenho que ir lá confirmar.

Qual é a sua maior qualidade enquanto pessoa? A maior qualidade é viver problemas que não são meus, como se fossem. É uma qualidade, mas é também um presente envenenado.

Existe algum animal que gostasse de ter e não pode? Gostava de ter uma cabra anã mas no apartamento onde moro não seria boa ideia.

Tem alguma superstição, ou hábito regular? Gosto de ter a casa impecavelmente arrumada quando me ausento alguns dias. E na Passagem de Ano gosto de entrar no ano novo com tudo no sítio. Esta é a minha superstição e não faço como algumas pessoas que compram cuecas de cores. Acho que a casa vai reflectir o meu ano. Nunca conheci alguém igual, é uma mania minha.

A beleza é fundamental? A beleza é o principal, nomeadamente a beleza interior.

Ir comprar roupa ou calçado dá-lhe prazer? Fazer compras nem sempre é um prazer. Quando tenho que comprar algo que preciso raramente encontro. Quando não preciso, o “Diabo” vem-me mostrar coisas lindas que não compro porque seria um gasto parvo.

Ainda há dinheiro para comer fora? Se não houvesse dinheiro para comer fora nem os bons restaurantes sobreviviam. Na minha carteira não há tanto como eu gostaria para gastar em passeios, viagens e para provar as comidas regionais. No fim das contas é isso que levamos da vida.

Qual o alimento que não comia nem que lhe pagassem? Não comia caracóis nem que me pagassem e já me chegaram a oferecer dinheiro só para me ver comê-los. Não consigo.

Era capaz de se tornar vegetariana? Gostava de ser vegetariana mas não consigo. Isso é algo que está nos meus planos para ser uma pessoa melhor, porque me sinto hipócrita. Não consigo matar um bicho, no entanto, compro, pago algo que alguém matou, porque eu e mais alguém compra. E há as implicações ambientais que daí advêm.

Quando convida amigos para jantar escolhe sempre vinhos do Ribatejo? Como ribatejana sou péssima. Nem vinho nem touradas. Prefiro um vinho do Douro.

Ana Maia Mendes

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