Paulo Vakulyuk tinha um ano de idade quando o nadador olímpico português, Pedro Oliveira, bateu o recorde nacional, juvenil A, dos 100 metros mariposa, conseguindo fazer a distância em 56,11 segundos. Agora, com 15 anos, Paulo melhorou, pela primeira vez, o tempo então obtido, conseguindo 56,05 segundos.
O novo recorde foi conseguido no dia 4 de Agosto, no Funchal, durante os Campeonatos Nacionais de Juvenis, Absolutos e Open de Portugal e é mais uma conquista a juntar a muitas outras do jovem nadador do Clube de Natação de Torres Novas (CNTN).
Na sua página do Facebook, Paulo Vakulyuk tem uma frase do antigo campeão olímpico Michael Phelps: “Não prevejo nada histórico, mas nada é impossível”, que lhe serve de inspiração.
Tímido, contou a O MIRANTE, de olhos postos nas Piscinas Municipais de Torres Novas, onde desde muito cedo começou a dar as primeiras braçadas que o segredo para ganhar é simples. Treinar muito, dentro e fora de água. Além disso, diz, é importante não se estar demasiado focado no objectivo de vencer mas fazer de tudo para que isso aconteça.
“O desporto não deve ser uma doença. Ficar obcecado com os milésimos de segundos, pode ser doentio. Prefiro desfrutar de todo o processo e talvez tenha sido esse o segredo para bater este antigo recorde”, refere.
Filho de pais ucranianos, Paulo Vakulyuk nasceu no Hospital de Abrantes e viveu parte da infância em Alcanena. O pai é camionista e a mãe está actualmente desempregada. O casal veio para Portugal pouco antes de Paulo nascer, à procura de melhores condições de vida. O único irmão do nadador, mais novo que ele, prefere o futebol.
O estilo mariposa é considerado um dos mais difíceis na natação. Paulo Vakulyuk, atleta de alto rendimento, treina 18 horas por semana dentro de água e 5 no ginásio onde faz preparação física para evitar lesões. A corrida é outra forma de treino. Neste momento tem ao todo três treinadores dedicados a si, dois do CNTN e um da federação nacional.
O jovem está desde o ano passado, a convite da Federação Nacional de Natação, a treinar e residir no Complexo de Alto Rendimento de Rio Maior. Frequenta o 10º ano da área de Ciências e Tecnologia, mas não sabe ainda o que quer fazer a nível profissional. “Quero estar sempre ligado à natação mas com outras alternativas profissionais”. A área da informática também o seduz.
Durante os Campeonatos Nacionais de Juvenis, Absolutos e Open de Portugal, Paulo Vakulyuk conquistou ainda quatro pódios em quatro provas individuais e bateu cinco recordes distritais. O campeonato contou com 726 nadadores em representação de 109 clubes nacionais de natação.