uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Lei da rolha nos Bombeiros de Salvaterra de Magos até 2020
Corporação de Salvaterra de Magos não fala à comunicação social

Lei da rolha nos Bombeiros de Salvaterra de Magos até 2020

Qualquer membro dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos está proibido de falar à comunicação social, mesmo que seja para dizer bem. Um silêncio imposto por causa do passado conturbado.

A nova direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos (AHBVSM) está em “período sabático”, recusando falar sobre a situação da corporação, mesmo que seja por bons motivos. Luís Martins, o novo presidente da direcção, desde fins de Maio, refere a
O MIRANTE que a direcção decidiu entrar em silêncio e os membros dos órgãos sociais estão proibidos de falar à comunicação social. Uma lei da rolha que vai vigorar até Janeiro de 2020.
A decisão foi tomada pela actual direcção depois do período conturbado pelo qual passou a corporação e que levou ao afastamento da anterior direcção, que mantinha um conflito com o comandante e estava mergulhada num descalabro financeiro. A nova direcção foi eleita sem concorrência, já que só apareceu uma lista para assumir a gestão da associação humanitária. Apesar do silêncio,
O MIRANTE sabe que esta direcção apostou no comandante Paulo Dionísio como forma de serenar os ânimos e não ter mais problemas judiciais e mais despesas, já que o operacional aceitou reduzir o valor que a corporação lhe tinha de pagar.
Recorde-se que a corporação chegou ao ponto de ficar com as contas bancárias penhoradas por não ter liquidado a indemnização, o que bloqueou a sua acção. Na altura teve de ser a câmara municipal a fornecer o gasóleo. O comandante Paulo Dionísio e a anterior direcção entraram em divergências e o comandante foi sujeito a um processo disciplinar e afastado como funcionário da corporação. O Tribunal do Trabalho de Santarém considerou o despedimento ilícito e mandou reintegrar o operacional.
Paulo Dionísio acabou por ser reintegrado nas funções no dia 3 de Abril numa situação caricata em que havia já uma comandante nomeada e em funções, pelo que até à tomada de posse da nova direcção o quartel tinha dois comandantes.

A posição do presidente da câmara

O presidente da Câmara de Salvaterra de Magos diz estar satisfeito com o trabalho que a nova direcção dos bombeiros está a desenvolver e garante que a paz regressou ao quartel. “Sinto que agora os ânimos acalmaram e que as pessoas estão mais disponíveis para remar para o mesmo lado”, refere Hélder Esménio em declarações a O MIRANTE. O autarca diz que compreende a posição da direcção de não falar à comunicação social, para que não se volte a cair no erro de os problemas estarem expostos fora do quartel.
A câmara é a principal parceira da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos, com um apoio financeiro anual de 200 mil euros e apoios ao nível de combustível, sempre que haja necessidades financeiras por parte da corporação. De recordar que no final de 2018 a autarquia equipou a corporação com mais uma ambulância de socorro. Desde 1 de Agosto o quartel passou a ter uma equipa de intervenção permanente, com cinco operacionais. Esta equipa resulta de um protocolo entre a autarquia e a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que dividem as despesas. O município deu ainda dez mil euros para equipamentos.

Lei da rolha nos Bombeiros de Salvaterra de Magos até 2020

Mais Notícias

    A carregar...