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Dois jovens assumem festas da Póvoa de Santarém para a tradição não morrer
Raquel Cabaça e João Mendes foram os juízes dos festejos deste ano

Dois jovens assumem festas da Póvoa de Santarém para a tradição não morrer

É cada vez mais difícil arranjar juízes para os festejos anuais em honra de Nossa Senhora da Luz.

A tradição já não é o que era e faltam interessados para assumirem o cargo de juiz das festas em honra de Nossa Senhora da Luz, na Póvoa de Santarém. Este ano Raquel Cabaça e João Mendes, de 17 e 18 anos, respectivamente, assumiram a responsabilidade de dar a cara pelas festas que decorreram de 13 a 18 de Agosto, contando com a preciosa colaboração dos pais na organização dos festejos. Já lá vai o tempo em que as pessoas quase disputavam a responsabilidade de serem juiz da festa, mas o cenário entretanto mudou muito, seja por falta de tempo ou por falta de disponibilidade financeira.
Os jovens serviram como juízes este ano e contam que outro dos factores que afasta potenciais interessados é o trabalho que dá organizar a festa, embora contratem uma empresa de organização de eventos para ajudar por exemplo na contratação das bandas. “Claro que somos muito novos e os nossos familiares tiveram que ajudar, porque hoje em dia tem que se recorrer a jovens da nossa idade senão ninguém se chega à frente”, diz João Mendes.
Os jovens recordam que houve mesmo um ano em que um juiz foi nomeado mas não aceitou. “Depois, durante o ano é nomeado outro, mas recordo-me que nesse ano foi muito difícil encontrar alguém”, refere Raquel Cabaça.
O leilão das fogaças, que é feito logo a seguir ao final da procissão, também já teve melhores dias. Contam os populares que antigamente uma fogaça poderia render cerca de 600 ou 700 euros. A fogaça leiloada este ano rendeu 160 euros, outra pouco mais que isso. Valores que são utilizados para a ajuda das despesas da festa e para doar à igreja.
As fogaças são cabazes feitos pelos familhares dos juízes, compostos por produtos regionais, na sua grande maioria, como bolos, enchidos e vinhos. A população senta-se para o leilão e, na esmagadora maioria das vezes, são os próprios familiares dos juízes que arrematam as suas fogaças.

Dois jovens assumem festas da Póvoa de Santarém para a tradição não morrer

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