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Bons Sons baixa a fasquia e é inevitável esvaziar-se se não se reinventar 

A organização do Festival Bons Sons, que se realiza anualmente na aldeia de Cem Soldos, Tomar, anunciou que a edição deste ano teria uma lotação limitada a 35 mil espectadores. Feitas as contas finais, o número de espectadores foi 33.800, dados oficiais, ou seja, menos 4.700 que os 38.500 anunciados o ano passado pelos organizadores.
Os espectadores não se afastaram do festival com medo de não conseguirem entrar. Afastaram-se, na minha opinião, porque cada vez há mais festivais, alguns com características semelhantes e porque o festival é um festival de artistas portugueses. A definição de um limite de espectadores foi apenas uma forma de falar no Bons Sons a nove ou dez meses da décima edição.
O programador do festival e seu mentor, Luís Ferreira, tem muitos burros para tocar a nível profissional porque há que ganhar a vida e o Bons Sons não é o seu ganha pão e isso também conta. Uma coisa é dizer-se que o festival é feito pela aldeia e pela associação local e outra é ser a associação e a aldeia a fazerem-no sem um programador como ele.
Seja como for, é uma boa aposta colocar o festival num nível adequado, com expectativas baixas. Por outro lado, sem haver uma qualquer alteração a nível da escolha dos artistas, é bem provável que o Bons Sons se vá esvaziando porque nestas coisas não há milagres.
Joaquim Videira

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