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Dinheiro do convívio da Comissão dos Tabuleiros devia ser gasto nas freguesias

Ainda sem ter apresentado contas e depois de ver o seu orçamento reforçado em setenta mil euros, a Comissão Central da Festa dos Tabuleiros, em Tomar, através da sua mordoma, decidiu oferecer um convívio, no dia 14 de Setembro, a todos os que participaram na festa deste ano.
Ou seja, a quinze dias de um acto eleitoral e quando a campanha eleitoral já anda por aí, o tal convívio vai ser uma mais valia para políticos e politiqueiros e aqueles que em nada contribuíram para a festa se juntarem.
Festa feita e uma grande festa, não seria de pensar, dado haver dinheiro a mais, criar um fundo de maneio de garantia para festas futuras, evitando andar em recolhas de fundos a pedir a pessoas que, por vezes dão o que lhes faz falta para comprar remédios ou comida? Mas não foi isso que fez a Comissão de Festas, onde “gravitam” algumas cabeças pensantes que constituem uma classe corporativista e elitista que só se lembra de Tomar de quatro em quatro anos.
Sabe-se que as juntas de freguesia suportam oitenta por cento do custo dos tabuleiros que levam ao desfile, se não for mais e agora já não acontece serem ressarcidas do custo das refeições que davam aos pares e participantes - no dia dos Cortejos Parciais e
Grande Cortejo - como acontecia no tempo do mordomo João Vital, que não se metia nestes “folclores” e dava honradamente a cada junta o seu contributo da festa, pois entendia que elas tinham despesas a mais.
Antes da festa foi notícia uma junta de freguesia em que o seu presidente referia que dado os gastos de participar na festa, este ano não havia o habitual passeio de idosos.
Sabe-se também que algumas juntas estão a dar a mesma justificação, nomeadamente a emigrantes, pela não realização de certos trabalhos, como por exemplo a limpeza de valetas em algumas ruas.
Algo vai mal quando a câmara municipal só pensa em festas, num concelho em que se perde moradores, em que os jovens partem e em que a captação de investimento é invisível. Dou um exemplo: Nesta última festa houve pessoas que vieram de longe que não conseguiram chegar ao local do desfile. Não se podia ter esbanjado menos e ter contratado autocarros de características urbanas em regime de vaivém de ligação entre os parques de estacionamento e a cidade, evitando os problemas que se geraram?
A festa já passou e candidatos à mesma não faltaram. Até houve guerras de lugar e em 2023 vai haver nova festa e tudo se vai repetir. Acordai Tomar, como a canção de Lopes Graça referia.
José Maria da Silva Teixeira

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