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Anda um incendiário à solta em Vialonga
foto DR Vialonga tem sido fustigada por uma quantidade anormal de incêndios nos últimos dias

Anda um incendiário à solta em Vialonga

Desde 1 de Julho que os bombeiros foram chamados para 24 incêndios. Só durante a semana passada os bombeiros foram chamados mais de dez vezes para acorrer a incêndios rurais ou florestais. Desde o início de Julho já foram contabilizados 24 incêndios na freguesia.

Na semana passada registaram-se mais de dez incêndios na freguesia de Vialonga, dois deles de grande dimensão. Uma situação anómala que tem gerado apreensão na comunidade. Têm todos início na mesma zona – o Casal dos Estanques – e as autoridades suspeitam de mão criminosa.
Só desde 1 de Julho já ocorreram em Vialonga 24 incêndios rurais e florestais. As autoridades desconfiam que se trata de fogo posto e pede-se mão firme da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Judiciária para apanhar o possível incendiário.
“Na última semana tivemos um número anormal de incêndios na nossa freguesia. Entre os dias 12 e 18 de Agosto fomos accionados mais de uma dezena de vezes para incêndios na zona situada a poente de Vialonga, nomeadamente Casal dos Estanques, Verdelha do Ruivo e Mata do Espargal”, explicou o comandante dos Bombeiros de Vialonga, Luís Rodrigues.
Um dos fogos mais significativos deflagrou no feriado de 15 de Agosto no Casal dos Estanques, onde vivem famílias de etnia cigana em aviários abandonados. 235 bombeiros e dois meios áreos combateram as chamas durante mais de 24 horas, situação que obrigou mesmo a interromper a procissão que se realizava a propósito das festas da vila. Arderam 30 hectares.
Nesse mesmo dia, pelas 04h30, ocorreu outro fogo, dessa vez na Verdelha do Ruivo, envolvendo 50 bombeiros durante seis horas. Arderam três hectares. Por fim, no domingo, 18 de Agosto, pelas 20h00, começou novo incêndio dessa vez na Mata do Espargal.

Bombeiros exaustos e terrenos por limpar
“Sei que ninguém duvida que temos dado o nosso melhor nestes dias tão difíceis, muitas vezes para além até dos nossos limites físicos, daí que tenhamos tido tantas baixas, não por acidente mas por exaustão”, afirma o comandante Luís Rodrigues, referindo-se aos seis elementos que se sentiram mal no último fim-de-semana.
Os terrenos junto às redes viárias principais, da responsabilidade da REN/EDP têm sido limpos de acordo com o previsto na legislação. O problema é que, principalmente a poente de Vialonga, no sentido da serra, nada foi limpo para além das faixas da rede eléctrica, lamenta Luís Rodrigues.
“Deveria haver uma maior preocupação com este aspecto, como se verificou nos últimos dias, com a população em pânico e os bombeiros a terem que relegar para segundo plano o combate ao incêndio na serra para impedir que este atinja a vila”, lamenta.
Os caminhos principais que antigamente existiam e permitiam aos bombeiros chegar próximo dos incêndios deixaram de existir por falta de manutenção, o que leva a que as áreas ardidas sejam agora muito superiores ao que poderiam ser caso tudo estivesse de acordo com as regras, acrescenta o responsável.

Autotanques abasteceram junto à festa
O combate aos sucessivos incêndios obrigou os bombeiros a procurar diversos locais para se abastecerem de água, incluindo no velho quartel junto ao local onde decorria a festa, situação que gerou algumas queixas da comunidade. Fonte dos bombeiros de Vialonga explica que a situação foi normal e decorreu da elevada quantidade de viaturas que já estava a abastecer no novo quartel, sendo que os bombeiros abasteceram não apenas no velho quartel como também em vários outros locais da freguesia e com a ajuda de associações locais.

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