Bar perturba o sono à vizinhança em Samora Correia
Câmara foi chamada a resolver litígio entre moradores e nova gerência do estabelecimento. A música e o barulho causado pelos clientes do bar Sem Pecado está a tornar num pesadelo as noites de alguns moradores que já manifestaram o seu descontentamento ao município. Proprietário ameaça recorrer aos tribunais caso a autarquia opte pela limitação de horário.
O funcionamento do bar Sem Pecado, na Rua do Movimento das Forças Armadas, em Samora Correia, está a incomodar a vizinhança que já fez chegar o seu descontentamento à Câmara Municipal de Benavente. Em causa está o ruído causado pela música e clientela do bar, até altas horas da madrugada, e o facto de a autarquia ter atribuído uma licença de funcionamento até às 02h00 de segunda a quinta-feira e até às 04h00, às sextas e sábados, funcionando o bar paredes meias com habitações.
Há vários anos que os moradores lutam contra o problema do ruído vindo do interior daquele estabelecimento que já passou pelas mãos de várias gerências. Entre as mudanças de nome e de proprietários ficou decidido pela autarquia que, antes da nova abertura, o espaço teria de receber obras para melhorar a insonorização, o que não se veio a verificar. Situação que levou o morador António Pessoa a intervir em reunião pública de câmara e questionar o executivo sobre que medidas tenciona tomar, uma vez que o ruído nocturno continua.
Em resposta ao munícipe, o vereador Hélio Justino disse que tanto a câmara como a GNR estão atentas ao problema e que já foi solicitada à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) uma medição de ruído, explicando que juridicamente a autarquia não pode delimitar o horário sem antes fundamentar a sua decisão.
Dono do bar diz que está tudo legal
O dono do bar, Mário Rosinha, que toma conta do negócio há oito meses, diz que o ruído não ultrapassa o volume legalmente permitido, caso contrário a GNR, que costuma patrulhar a zona, já o teria, no mínimo, alertado para a situação. A O MIRANTE diz estar disponível para receber os técnicos da CIMLT, se a autarquia assim o entender. “O que não tolero é que agora me queiram alterar o horário de funcionamento quando abri há poucos meses com estas condições e a câmara me passou a licença”, diz a O MIRANTE, justificando que a rentabilidade do negócio depende do seu funcionamento durante a madrugada. “Não me vão reduzir o horário, nem que tenha de ir para tribunal, porque não estou a cometer qualquer infracção”, considera.