Estrada entre Alhandra e Arruda continua a ser um perigo
EN248-3 tem um estudo prévio de intervenção mas as obras de fundo tardam em ser realizadas. Número de acidentes é elevado em particular nas curvas próximo de A-de-Freire e junto a São João dos Montes.
A Estrada Nacional 248-3, que liga Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, ao vizinho concelho de Arruda dos Vinhos, é utilizada diariamente por centenas de automobilistas mas está parcialmente em mau estado e é perigosa. Fonte dos Bombeiros de Alhandra confirma que praticamente todas as semanas há acidentes, alguns de maior gravidade, sobretudo entre Alhandra e São João dos Montes.
Esse troço tem uma extensão de oito quilómetros e problemas há muito identificados e por resolver. Quem tem de utilizar diariamente a estrada para as suas deslocações teme pela segurança e confessa estar farto de promessas não cumpridas. “Quase todos os dias vejo despistes aqui, gente que vem em excesso de velocidade e perde o controlo. É uma descida grande e apertada, quando passam carros e camiões ao mesmo tempo é quase certo que há desgraça”, conta a O MIRANTE Rogério Cruz, morador de A-de-Freire.
Outros moradores confirmam os perigos, dizendo tratar-se de uma estrada que é uma armadilha. Tentando chamar a atenção para o problema, alguém pintou no asfalto a mensagem “o passadiço da morte”. A via foi asfaltada recentemente, na sequência de intervenções feitas no subsolo, mas as bermas continuam por arranjar e a pintura do piso por concretizar.
A EN248-3 é da responsabilidade da Câmara de Vila Franca de Xira, que tem feito pequenas intervenções de melhoria, em particular no troço entre Alhandra e São João dos Montes mas que não têm sido suficientes para dar mais segurança ao local. É um problema que Alberto Mesquita, presidente do município, conhece há muito mas que já admitiu não ser de resolução fácil.
O estudo prévio já realizado para reparar a via aponta para um custo a rondar um milhão de euros por quilómetro, tendo em conta não só a degradação do pavimento, com desníveis acentuados, mas também os abatimentos e as bermas que estão em mau estado.
“Temos sensivelmente oito quilómetros de intervenção já programada e neste momento estamos na fase dos taludes. Pelas últimas estimativas estaremos a falar de cerca de um milhão de euros por quilómetro para uma intervenção profunda naquela estrada. E os trabalhos têm encarecido devido ao custo elevado dos taludes”, explicou recentemente José António Oliveira, vice-presidente do município, em reunião de câmara. O município está a analisar quais as áreas “mais urgentes” a reabilitar.