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Numa sociedade cada vez mais acelerada é preciso espaço para parar e organizar
Susana Domingos confessa que o seu propósito de vida tem sido sempre trabalhar para a formação integral do ser humano

Numa sociedade cada vez mais acelerada é preciso espaço para parar e organizar

Susana Caetano Domingos, de 42 anos, é professora e está à frente do Gabinete Força do Querer - Coaching e Psicologia, no Entroncamento, um espaço que oferece bem-estar através do coaching e da mentoria.

Como professora do ensino secundário andou dez anos de mochila às costas. Dar o salto para a docência no ensino superior permitiu-lhe a estabilidade e os conhecimentos para abraçar o desafio que é um propósito de vida: trabalhar na formação integral do ser humano. Foi isso que a levou a abrir o Gabinete Força do Querer – Coaching e Psicologia, no Entroncamento, em Janeiro último.
Susana mora na Meia Via, Torres Novas, com o marido, três filhos, dois cães e uma gata. Mas o seu dia-a-dia profissional passa pelo Entroncamento, Abrantes e Tomar, uma dinâmica que diz exigir muita organização mental.
Natural do Entroncamento, ali fez o seu percurso académico até ao 12º ano. Seguiu-se a licenciatura em Ensino na Universidade do Minho, um mestrado em Supervisão e Orientação Pedagógica, no Politécnico de Santarém, e um doutoramento em Educação, Perfil de Psicologia, na Universidade de Lisboa.
Começou a dar aulas aos 21 anos, de Inglês e Alemão, em Baltar, Paredes, perto do Porto. A partir daí foram dez anos de mochila às costas, em várias escolas do país. Uma década depois, em 2008, por motivos de organização da vida pessoal, deixou o ensino secundário e começou a dar aulas no Instituto Politécnico de Tomar, onde até hoje é docente de Inglês e Alemão, além de estar também envolvida em projectos implementados com a nova presidência do instituto.
Susana Domingos confessa que o seu propósito de vida tem sido sempre trabalhar para a formação integral do ser humano. Ao começar a lidar com faixas etárias mais velhas aprofundou o interesse pelo desenvolvimento de competências emocionais e sociais o que deu o clique para avançar para uma formação na área do coaching. Susana e o marido, Vítor Matos, possuem certificação internacional (International Certified Coach) que terminaram o ano passado.
“Achámos que a zona do Entroncamento e o distrito em si necessitavam de uma abordagem diferente na área da promoção do bem-estar, da saúde e não tanto do tratamento. É aí que entra a criação do Gabinete Força do Querer. Um desafio onde queremos oferecer bem-estar através do coaching e da mentoria”, diz.
No mesmo espaço têm também atendimento de uma psicóloga com formação em mindfulness e yoga. “Tentamos juntar todas estas valências e de forma articulada promover o bem-estar e o desenvolvimento pessoal. Numa sociedade cada vez mais exigente e acelerada é preciso encontrar um espaço para parar e organizar, é aí que nós entramos”, explica Susana.
O coach é muitas vezes comparado a um treinador. O potencial está no atleta. Susana dá um exemplo que lhe é muito próximo: as filhas gémeas, de 16 anos, são campeã e vice-campeã distritais de ginástica artística. Uma delas sofreu uma lesão no ano passado e foi submetida a uma cirurgia complicada. Tudo apontaria para que estivesse, no mínimo, um ano sem treinar. A capacidade de foco, disciplina e concentração fez com que, na época em que foi operada (em Setembro) se tenha sagrado campeã distrital (em Abril, sete meses depois).
O coach acredita que cada pessoa tem dentro de si potencial para desenvolver competências emocionais, pessoais, sociais, familiares ou mesmo financeiras. “Aconselha, mas não dá dicas, leva a pessoa a elaborar planos de acção que vai cumprindo até alcançar o objectivo final. Esses planos são de quem está a ser acompanhado, do coachee, enquanto na mentoria há espaço para o aconselhamento e orientação. Ambos são facilitadores de mudança, mas fazem-no de forma diferente”, sumariza Susana.

Uma família reconstituída
Susana Domingos faz questão de dar o exemplo da sua família, reconstituída após o divórcio, para reforçar que manter o equilíbrio em qualquer tipo de família é uma tarefa que dá muito trabalho e na qual todos devem empenhar-se e focar-se no mais importante. No seu caso são os três filhos, nenhum comum ao casal. “É importante as pessoas perceberem que é possível voltar a reconstruir uma família e novos objectivos. A vida não acaba, temos dentro de nós o que é preciso para seguir em frente”.
Susana enfatiza esta questão e aponta para a parede do gabinete onde colocou a frase do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung: “Eu não sou o que me aconteceu. Sou o que escolhi tornar-me”.

Numa sociedade cada vez mais acelerada é preciso espaço para parar e organizar

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