Petição defende gestão privada no Hospital Vila Franca de Xira
Documento é dirigido ao Governo e ao Presidente da República. Subscritores consideram que decisão do Governo em não renovar a parceria público-privada não responde às necessidades da população servida por aquele equipamento hospitalar.
Está a decorrer no concelho de Vila Franca de Xira uma recolha de assinaturas defendendo a continuidade da gestão em regime de Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital Vila Franca de Xira. Os autores da petição, que está também disponível online no portal Petição Pública, garantem não ter qualquer ligação ao grupo José de Mello Saúde nem a qualquer outro operador privado, admitindo que apenas pretendem a manutenção da elevada qualidade de serviço naquela unidade de saúde, desde que foi inaugurada em 2013.
Lançada poucas horas antes do fecho desta edição a petição já contava com a assinatura de 334 pessoas no suporte digital, que consideram que a decisão governamental de não renovar a PPP naquela unidade de saúde não vai ao encontro das necessidades da população da região e lembram que antes da chegada da gestão privada o hospital da cidade tinha o registo de pior serviço a nível hospitalar de Portugal.
“Exigimos que sejam iniciadas as negociações com o actual prestador de serviço, pois consideramos que tem estado a efectuar um serviço de qualidade”, lê-se na petição, que é endereçada ao Presidente da República, primeiro-ministro e ministro da Saúde.
O fim da PPP naquele hospital também não foi do agrado dos cinco autarcas servidos pela unidade de saúde, que assinaram um documento criticando o Governo pela decisão e apelando a que a parceria se mantivesse.
A José de Mello Saúde (JMS) anunciou, recorde-se, através de um comunicado interno, que vai abandonar a gestão do hospital a 31 de Maio de 2021, data em que termina o contrato de parceria. A decisão da entidade gestora do hospital surge depois de o Estado ter decido não renovar, por mais dez anos, o contrato de PPP. O Governo propôs um alargamento de até três anos mas a JMS não aceitou por considerar que não estavam asseguradas as condições necessárias de estabilidade para apresentar um trabalho de qualidade a favor da população.