Sente que as pessoas já se preocupam mais com a saúde?
Julgo que as pessoas se preocupam pouco com a saúde e mais com a doença. Quando estamos com saúde raramente fazemos prevenção, raramente vamos a uma consulta, efectuar exames de rotina. Isso só acontece quando efectivamente ficamos doentes.
Tem alguma superstição ou hábito regular?
Não tenho qualquer hábito regular…não sou supersticioso.
Quem gostaria de ser se não fosse quem é?
Um monarca (risos).
Em sua casa já se faz a separação do lixo?
Sim fazemos. É importante fazê-lo para bem do nosso planeta.
Ler jornais é saber mais?
Ler jornais é uma forma de nos mantermos actualizados sobre o mundo que nos rodeia.
Quantos verdadeiros amigos acha que tem?
Tenho amigos e tenho muitos conhecidos. Os verdadeiros amigos são muito poucos. Julgo que confundimos muito amigos com conhecidos. Vivemos muito centrados no nosso próprio bem-estar e esquecemos por vezes quem nos rodeia.
Há alguma coisa pela qual ainda valha a pena lutar, até à morte se necessário for?
Claro que sim… pelo bem-estar dos nossos filhos, é a nossa razão de viver.
Fazem falta mais mulheres na política?
As mulheres fazem muita falta, são mais ponderadas, equilibradas e racionais do que os homens.
Qual a tradição que nunca podemos deixar morrer?
Uma tradição é algo que se transmite de geração em geração e que define o carácter e a personalidade de um povo. Entre tantas, posso referir o fado.
Qual foi a sua maior extravagância?
Talvez ter comprado uns ténis da Nike quando tinha 16 anos (julgo que custaram cerca de seis mil escudos) muito extravagante para a época.
Quais as qualidades que mais aprecia numa pessoa?
Destaco a resiliência e a gratidão.
A justiça é igual para todos?
Infelizmente nos últimos tempos temos vindo a verificar que não é igual para todos.
Sente que seria capaz de ser um bom primeiro-ministro?
Não é algo que alguma vez tenha passado pela minha mente.
Qual a sua actividade preferida?
Actualmente, gosto muito de caminhadas ou de uma corrida moderada.
Tem a profissão que gostaria de ter?
Tenho uma profissão apaixonante, não a trocaria por nada.
Este mundo está perdido?
Hoje em dia existe uma maior consciencialização e preocupação do que há umas décadas atrás. Não podemos emendar os erros do passado mas podemos certamente fazer melhor. Quero acreditar que não estará perdido.
Como é um dia bem passado?
Um dia bem passado é qualquer um que seja passado com quem mais amamos, quer a seja a família ou amigos.
Alguma vez se sentiu esmagado pela beleza de alguém ou de alguma coisa?
Não me recordo.
Já fez alguma viagem de férias a um país estrangeiro? Qual foi? Qual vai ser a próxima?
Já fiz várias viagens, a última foi no Verão à República Dominicana. A próxima não está ainda planeada. É algo que apenas pondero próximo do período de férias.
Acha possível virmos a sofrer atentados terroristas como os que acontecem noutros países?
Não creio que venha a acontecer. Não somos um país alvo. Mas creio que poderemos ser um ponto de passagem para outras nações.
Em quantas localidades viveu até agora, desde que nasceu?
Se não estou em erro, em cinco localidades. Nasci em Luanda, e como tal tivemos que sair de Angola em 1974. Depois foi uma questão de nos fixarmos definitivamente. Na época foi mau.
Este ano foi um bom ano para si?
Este ano em termos de saúde não foi um bom ano, com o agravamento da Doença de Crohn tive de ser submetido a uma cirurgia de urgência. Espero que o próximo ano seja bem mais tranquilo.
O voto devia ser obrigatório?
Sim. Porque valorizamos a memória histórica da luta pelo direito de voto.
Como gostaria de ser recordado?
Como uma pessoa ponderada, amável e digna de confiança.
Gostaria de ter vivido noutra época?
Não, estou feliz por viver nesta época.