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INE aponta produção de tomate como uma das melhores de sempre

Produção superior a 1,4 milhões de toneladas é a mais elevada nos registos estatísticos entre 1986 e 2018. Produção de azeitona para azeite também regista uma subida acentuada enquanto para o vinho e o milho esperam-se valores semelhantes aos do ano passado.

Uma produção superior a 1,4 milhões de toneladas de tomate para a indústria coloca a campanha de 2019 entre as melhores de sempre, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com as previsões agrícolas em 31 de Outubro, divulgadas a 20 de Novembro, a produtividade média rondou as 95 toneladas por hectare e é a mais elevada nos registos do INE entre 1986 e 2018.
Relativamente à produção de vinho, o INE salienta uma diminuição de produção no Ribatejo e Oeste, no Alentejo e no Algarve, sendo as baixas temperaturas durante o vingamento (com a redução do número de cachos por cepa) a principal causa desta redução, bem como a escassa precipitação ao longo do ciclo, que induziu a formação de bagos pequenos e cachos leves.
Nas restantes regiões, o INE destaca condições de desenvolvimento das uvas mais favoráveis, tendo a produção aumentado face à vindima anterior, destacando-se a região de Trás-os-Montes, onde o instituto diz que se passou da pior vindima das últimas duas décadas (2018) para, previsivelmente, uma das mais produtivas.
“Globalmente estima-se a manutenção da produção de vinho (5,84 milhões de hectolitros), antecipando-se a obtenção de vinhos com um bom equilíbrio entre álcool e acidez”, conclui o instituto.
O INE também prevê o aumento de 20% na produtividade dos olivais para produção de azeitona para azeite, respondendo os olivais positivamente à precipitação.
No milho de regadio a produção deverá chegar às 700 mil toneladas, quantidade próxima da registada na campanha anterior, enquanto no arroz o INE estima uma diminuição de 5% na produção, essencialmente devido às temperaturas pouco elevadas e baixa luminosidade.
Boa produção não é sinónimo de lucro para produtores
Em Setembro último a Associação Portuguesa de Produtores de Tomate (APPT) salientou que a campanha estava a ter níveis de produtividade elevados, próximo das 100 toneladas por hectare, mas que o preço pago à produção pelas fábricas de transformação estava muito baixo, a oscilar entre os 70 e 85 euros por tonelada, o que, considerava a associação, não compensa os produtores de tomate pelo investimento feito.
A APPT reclamava apoios excepcionais do Governo e da União Europeia, alegando que a campanha de tomate no Ribatejo foi afectada por doenças, obrigando a medidas que encareceram a produção, como a necessidade de aumentar os tratamentos nas terras e plantas invadidas por fungos e outras mazelas.

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